Os Emirados Árabes Unidos aumentaram em 238% as compras de carne bovina do Brasil no primeiro semestre deste ano. Dados divulgados pela Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) mostram que o país árabe importou 95,1 mil toneladas em carne brasileira de janeiro a junho contra apenas 28,1 mil no mesmo período de 2023.
Os Emirados Árabes Unidos foram o terceiro maior importador da carne bovina produzida pelos brasileiros. Segundo a Abrafrigo, o país funciona como um hub, centro distribuidor do produto para outros países do Oriente Médio. Também houve aumento nas importações em valores, de US$ 125,4 milhões no primeiro semestre de 2023 para US$ 435,4 milhões em iguais meses de 2024, alta de 247%.
Na lista dos maiores destinos da carne bovina brasileira no exterior no primeiro semestre estão, antes de Emirados, em primeiro lugar a China e em segundo lugar os EUA. Segundo a Abrafrigo, 89 países aumentaram as compras do produto nacional nos seis primeiros meses deste ano e 71 reduziram as importações.
As exportações totais da carne bovina do Brasil no primeiro semestre somaram 1,4 milhão de toneladas, com aumento de 34% sobre iguais meses de 2023. Já a receita obtida com as vendas cresceu menos, 18%, ficando em US$ 5,8 bilhões. Isso ocorreu porque os preços médios praticados por tonelada diminuíram, de US$ 4.583 nos seis primeiros meses de 2023 para US$ 4.041 de janeiro a junho deste ano.
Aqui no Brasil, na Câmara está em análise o Projeto de Lei 1.220/24, que estabelece regras para a rotulagem de carne bovina, a fim de assegurar a transparência ao consumidor e a participação de profissionais qualificados no processo.
Conforme a proposta, frigoríficos e outros estabelecimentos poderão indicar a raça do animal abatido em seus rótulos, desde que observadas as diretrizes estabelecidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
O ministério será responsável por estabelecer diretrizes e critérios técnicos para a certificação dessa rotulagem, incluindo a caracterização fenotípica das raças de bovinos, em colaboração com associações de raças e profissionais qualificados.
O texto proíbe a apropriação de nomes das raças pelas associações de criadores. Prevê, ainda, que, mediante autorização, profissionais de medicina veterinária ou de zootecnia poderão implementar o controle de qualidade e a certificação.
“O Projeto de Lei busca garantir a participação democrática e plural na definição das normas de rotulagem, impedindo que as associações tenham monopólio descabido”, disse o autor da proposta, deputado Marco Brasil (PP-PR).
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; de Defesa do Consumidor; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para virar lei, também terá de ser aprovado no Senado Federal.
Matéria atualizada às 11h
Com informações da Agência de Notícias Brasil-Árabe e da Agência Câmara de Notícias
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