Os Emirados Árabes Unidos passaram da quinta posição entre os maiores compradores de carne bovina do Brasil de janeiro a julho do ano passado para o terceiro lugar no ranking no mesmo período deste ano, de acordo com dados divulgados ontem pela Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo).
O país importou 106,48 mil toneladas do produto nacional no acumulado dos sete primeiros meses deste ano, contra apenas 34,12 mil em iguais meses de 2023, com crescimento de 212%. A receita ficou em US$ 484,8 milhões contra US$ 152,1 milhões no mesmo comparativo, alta de 218%. Os Emirados compraram carne bovina do Brasil por US$ 4.550 a tonelada neste período deste ano e por US$ 4.460 no ano passado.
Os números da Abrafrigo informam que, no geral, as exportações de carne bovina do Brasil, somando produtos processadas e in natura, ficaram em 1,7 milhão de toneladas de janeiro a julho, com alta de 35% sobre iguais meses de 2023. A receita somou US$ 6,98 bilhões, com elevação de 20% na mesma comparação.
A China foi o maior destino das exportações, com 40% do total, seguida por EUA, depois por Emirados e Chile. A Abrafrigo destaca que apesar do alto percentual da China como compradora, está havendo uma diversificação dos importadores, já que o país asiático chegou a responder por 60% do total em anos anteriores.
No mês de julho, individualmente, as exportações brasileiras de carne bovina ficaram em 291 mil toneladas, com alta de 42% sobre o mesmo mês de 2023. A receita das vendas internacionais subiu 33% no mesmo comparativo para US$ 1,16 bilhão. O preço médio da tonelada de carne exportada caiu 6% e foi para US$ 4.007.
Agência de Notícias Brasil-Árabe
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