A taxa de desemprego medida pelo IBGE através da Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios (Pnad Contínua) caiu de 9,1% para 8,9% no trimestre encerrado em agosto. Houve avanço de 0,23% da população ocupada, que hoje soma mais de 99 milhões de pessoas.
Apesar de mais uma alta no número absoluto de empregados sem carteira assinada, foi possível notar uma melhora no quadro geral de empregos, já que a informalidade contraiu levemente, de 39,8% para 39,7%. Isso se deve ao recuo tanto do número de trabalhadores autônomos (também conhecidos na pesquisa como “conta própria”) sem CNPJ, quanto pelo recuo do trabalhador familiar auxiliar, cuja atividade está relacionada aos negócios de um parente próximo, explicam Marco Caruso, economista-chefe, e Eduardo Vilarim, economista do banco Original.
Eles destacam também o avanço de 4,14% dos empregados no setor público (ante os três trimestres anteriores). Em relação a salários, o rendimento médio nominal (sem descontar a inflação) avançou 9,4% na comparação com agosto de 2021, equivalente a R$ 2.713. O rendimento médio real (descontando a inflação) caiu 0,6%.
“O número de agosto demonstra mais uma vez a acomodação da força de trabalho, que mesmo se colocando em patamares superiores ao período pré-pandemia, ainda se encontra abaixo da tendência de médio e longo prazo, o que, sem dúvida, auxilia a taxa de desemprego, mesmo que matematicamente. Por outro lado, o avanço da população ocupada parece sólido e esperamos que continue ocorrendo até o final de 2022, porém a passos mais moderados, liderados pelo setor de serviços”, assinalam os economistas.