Emprego digital: produtividade e crescimento econômico

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Computador, mão feminina (Foto: Carl Dwyer/Sxc.Hu)
Computador, mão feminina (Foto: Carl Dwyer/Sxc.Hu)

O mercado digital é, hoje, um dos caminhos mais buscados por quem procura uma profissão que proporcione liberdade e bons rendimentos.

A barreira de entrada é pequena, e isso faz com que cada vez mais pessoas consigam dar os primeiros passos dentro do segmento.

As possibilidades para quem quer desenvolver uma carreira no digital são tão animadoras que merecem ser bastante consideradas por quem sonha com uma mudança de vida, de carreira ou, ainda, de CEP.

 

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Sem volta – Conforme as pessoas vão aprendendo que podem encontrar todo tipo de solução na internet, é natural que as empresas também se mobilizem para atender ao público de forma digital, mesmo quando o produto ou serviço comercializado não pode ser entregue virtualmente.

Canos estouram, chuveiros queimam, esgotos entopem, e tanto nestes quanto em diversos outros casos, a primeira solução que as pessoas encontram é ir para o Google procurar por um especialista capaz de resolver o problema.

Há poucos anos, poderia até ser um pouco difícil encontrar, na internet, o telefone de um encanador, eletricista, desentupidor ou chaveiro, mas, com o passar do tempo, as empresas foram compreendendo que precisavam estar online.

No começo, faziam o básico, cadastrando o telefone fixo em alguma lista ou diretório digital. Contratar uma agência de marketing era visto como algo muito distante e, em alguns casos, até como desperdício financeiro.

Hoje, nos menores e maiores negócios, dos nichos mais simples aos mais complexos, estar fora do universo digital fica completamente fora de consideração.

 

Quem é visto é lembrado – A Prorooter, empresa desentupidora de São Paulo, criou uma estrutura digital que a colocou em uma posição de mercado muito superior à de seus principais concorrentes (saiba mais aqui), justamente porque se tornou acessível por todos os canais onde seus possíveis clientes trafegam.

Em uma situação de emergência, o cliente faz uma busca no Google, encontra a empresa, consegue atendimento pelo WhatsApp e, dali para frente, é pouco provável que o negócio não seja fechado.

O mercado, como um todo, está compreendendo isso.

Não importa se o produto é entregue digitalmente ou não, se é uma venda de bem de consumo, de alimentação, prestação de serviço online ou presencial, é preciso ter uma estrutura conectada com o universo digital.

É necessário ter um site, estar nas mídias sociais e criar uma reputação para a marca. E é justamente isso que gera oportunidades de trabalho no mercado.

A consolidação da comunicação virtual explica porque estão sendo criados tantos empregos totalmente virtuais, mas não explica o porquê de tantas pessoas estarem abandonando a ideia de trabalhar presencialmente em algum lugar e dando preferência para empregos digitais.

As explicações mais entusiasmantes são:

Dá para fazer de casa

Quem deseja trabalhar de forma fixa, com salário, mas sem abrir mão de cuidar da vida pessoal e da família, pode encontrar, em poucos cliques, diversas seleções de empresas contratando novos profissionais para atuar em home office, unindo o melhor dos dois mundos.

Entre as principais vagas estão as atividades relacionadas a atendimento a clientes, vendas, relatórios, análise de dados e suporte administrativo.

As oportunidades são para todo tipo de companhia, mas a maior parte do mercado é composta por microempresas (como é o caso da Prorooter, citada acima) e é justamente para elas que a maioria das vagas vai apontar.

Um ponto positivo a respeito disso é que a maioria dos empregadores que disponibilizam essas oportunidades não exigem que os candidatos tenham habilidades excessivamente raras e inacessíveis, possibilitando que pessoas “comuns” também alcancem a realização do sonho de receber um salário justo e poder ter liberdade para decidir de onde e como trabalhar.

Pagamentos em dólar

Quem arranha um pouquinho de outros idiomas pode conseguir pagamentos em dólar fazendo trabalhos como freelancer ou atendendo a demanda de empresas gringas que preferem contratar brasileiros para a realização de suas tarefas de rotina.

Para os estrangeiros, contratar brasileiros faz sentido porque a conversão da moeda faz com que seja possível contar com gente muito capacitada pagando muito menos do que seria necessário dentro do mercado americano, por exemplo.

Para os brasileiros, só há vantagens. Receber em dólar é inúmeras vezes mais vantajoso do que fazer aplicações na poupança ou no Tesouro Direito e ficar aguardando o rendimento através dos juros.

O dinheiro já chega valendo mais na carteira dos profissionais, que podem escolher como e quando fazer a conversão para sacá-lo.

Mais igualdade entre homens e mulheres

Segundo matéria publicada no site Mãe Experiente (comunidade que aborda o universo materno), um terço do público feminino que trabalha em home office é composto de mães solo, que precisam conciliar a vida profissional com a maternidade.

Enquanto grande parte do mercado convencional continua mantendo mulheres como segunda opção para contratação, o digital abre a oportunidade perfeita para que elas possam se desenvolver profissionalmente sem abrir mão do que mais importa.

Experiência não é determinante, mas aumenta as possibilidades no mercado digital

Quem nunca trabalhou pela internet, mas tem conhecimento básico ou intermediário nas principais ferramentas e softwares, consegue, com um pouco de pesquisa, localizar vagas que ofereçam salários compatíveis com o mercado e benefícios interessantes, além de trabalhar em casa.

Já quem possui habilidades específicas, relacionadas diretamente com a internet, encontra no mercado digital um celeiro de oportunidades, tanto em carreiras dentro de companhias quanto no empreendedorismo.

Uma pessoa criativa e com bom domínio da língua portuguesa pode atuar como freelancer, escrever um blog próprio ou buscar contratação por uma agência de SEO que trabalhe com produção de conteúdo para sites e portais diversos.

Especialistas em edição de fotos e vídeos podem atuar em agências de publicidade ou, ainda, para influenciadores e youtubers, que precisam produzir inúmeras horas de conteúdo periódico.

As possibilidades são, verdadeiramente, infinitas: Webdesigner, desenvolvedor, analista ou técnico de sistemas, tecnologia ou UX (User Experience), desenvolvedor de jogos, especialista em Big Data, e tantas outras que não seria possível listar.

O mercado dentro do mercado

Há, ainda, dentro do universo digital, negócios que estão se tornando outras teias de possibilidades.

Todos os dias, especialistas lançam o que se chamam “infoprodutos”, ou “produtos digitais”, que, quase sempre, estão relacionados à transmissão de conhecimento aprofundado a respeito de algum tema.

A didática detalhada demonstrada em imagens e vídeos com narrativas minuciosas de pessoas que realmente sabem o que estão fazendo (e ensinando) tem movimentado bilhões de reais ao redor do mundo e fazendo com que inúmeras pessoas troquem dinheiro por conhecimento.

Os segmentos são os mais variados e isso abre ainda mais o leque de negócios do mercado digital, levando pessoas que nem são tão digitalizadas a se tornarem autoridades na web.

Quem tem muito conhecimento em algum tema e se vê disposto a compartilhá-lo com o mundo, pode ter, no mercado de treinamentos digitais, uma mina de ouro.

Presente e futuro

A pesquisa “Transformação digital, produtividade e crescimento econômico”, desenvolvida pelo Movimento Brasil Competitivo (MBC) em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) demonstrou que, nos últimos cinco anos, a oferta de empregos digitais cresceu, em média, 5,7%.

O percentual é animador e se torna ainda mais interessante quando colocado diante do americano, de 7,1%.

Como o Brasil costuma seguir os eventos econômicos estadunidenses, é muito provável que o percentual de digitalização do mercado de trabalho cresça ainda mais nos próximos anos.

Para quem sonha em viver uma vida mais caseira e confortável, sem nem considerar ganhar menos por isso, certamente há motivos para continuar buscando uma carreira digital.

É cada dia mais provável que o sonho se torne realidade.

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