Emprego recua para quem tem renda familiar de até R$ 2.100

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Em fevereiro, o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) da Fundação Getulio Vargas recuou 1,8 ponto, para 99,3 pontos, após subir 10,3 pontos nos três meses anteriores. Em médias móveis trimestrais, o indicador manteve a tendência ascendente pelo quarto mês consecutivo, ao avançar 0,7 ponto, para 99,1 pontos.

"A queda do IAEmp em fevereiro não parece significar uma reversão da tendência de alta que vinha ocorrendo nos meses anteriores. A calibragem nas expectativas de contratação sugere apenas que a recuperação do mercado de trabalho continuará ocorrendo de forma lenta e gradual", afirma Rodolpho Tobler, economista do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Já o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) recuou 2,4 pontos em fevereiro, para 92,1 pontos, acumulando queda de 8,1 pontos nos últimos quatro meses. Em médias móveis trimestrais o indicador cedeu 2,2 pontos, para 95,2 pontos. O ICD é um indicador com sinal semelhante ao da taxa de desemprego, ou seja, quanto menor o número, melhor o resultado.

"Embora o indicador ainda se encontre em patamar elevado, a queda do ICD em fevereiro sinaliza uma evolução favorável da taxa de desemprego neste início de ano. A melhora no mês, no entanto, não foi tão disseminada nas faixas de renda como havia ocorrido em janeiro. Uma recuperação sólida do ICD só deve ocorrer depois de sinais mais robustos de melhora do nível de atividade e redução dos níveis de incerteza", continua Rodolpho Tobler.

O indicador de Tendência de Negócios do setor de serviços foi o que mais contribuiu para a baixa do IAEmp ao cair 7,2 pontos em fevereiro, sendo que o mesmo havia aumentado 8,8 pontos em janeiro que, contribuiu para o aumento do indicador, ao variar 8,8 pontos na margem. No mesmo período, em relação ao ICD, a classe de renda familiar até R$ 2.100 foi a responsável pelo recuo do ICD. O Indicador de Emprego (invertido) caiu 1,6 pontos para os consumidores dessa faixa de renda.

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Perfis femininos têm 13% menos chances de ser analisados

Levantamento feito pela Lide Futuro, em parceria com o LinkedIn, apontou que perfis femininos têm 13% menos chances de serem analisados e considerados pelos recrutadores.

"Mesmo em um contexto de uma sociedade ainda patriarcal, com muitas diferenças e grandes desafios, 71% das empresas com as quais trabalhamos revelam que encontrar um balanço de gênero é uma das prioridades mais altas da companhia", destacou a Head de Soluções de Talentos do LinkedIn Brasil, Ana Claudia Plihal.

Para Ana Claudia, no entanto, prioridade não é realidade. "Nós, aqui no LinkedIn, acreditamos que só conseguimos mudar aquilo que conhecemos. A construção de uma estratégia de recrutamento baseada em informações é o que vai nos levar a uma mudança que pode reverter esse desbalanço que vivemos hoje", explicou a Head de Soluções de Talentos.

O compilado também apresenta resultados positivos: mulheres possuem 18% mais chances de efetivação em um cargo sênior. O levantamento do LinkedIn também mostra que as mulheres precisam preencher 100% dos requisitos para aplicarem a uma determinada vaga de emprego, enquanto os homens o fazem com 60% das exigências. O estudo foi baseado nos bilhões de dados dos mais de 640 milhões de usuários da rede.

CEO do Lide Futuro, Laís Macedo reiterou a importância do diálogo para mudanças efetivas na sociedade e como as lideranças femininas são necessárias para conduzir essa transformação.

"Só mostrando essa realidade podemos mudar algo. E tudo só vai mudar quando nós mudarmos. Ou seja, precisamos dessa consciência para promover resultados cada vez mais plurais. O DNA feminino, empático e acolhedor precisa ser difundido para espelhar, refletir e evoluir em cada mulher", finalizou a CEO.

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