A C&M Software restabeleceu suas operações do Pix nesta manhã. A empresa foi alvo de um ataque hacker que resultou no desvio de milhões de reais que instituições financeiras mantinham depositados em contas do Banco Central. O restabelecimento ocorreu pouco após o BC substituir a determinação para que a empresa suspendesse seus serviços integralmente, e em caráter cautelar, por uma suspensão parcial. Segundo o BC, as operações da C&M poderão ser restabelecidas em dias úteis, das 6h30 às 18h30, “desde que haja anuência expressa da instituição participante do Pix e o robustecimento do monitoramento de fraudes e limites transacionais”.
Em nota, a C&M reafirma que foi vítima de uma ação criminosa e que, desde o início, vem colaborando com as autoridades, “confiando plenamente em sua isenção quanto à origem do incidente, mesmo diante de ilações ou tentativas externas de antecipar julgamentos.”
“Todas as medidas previstas em nossos protocolos de segurança foram imediatamente adotadas, incluindo o reforço de controles internos, auditorias independentes e comunicação direta com os clientes afetados”, acrescentou a companhia. Ontem, também em nota, a empresa já tinha garantindo que todos os seus sistemas críticos seguem íntegros e operacionais.
O ataque hacker contra a infraestrutura tecnológica da C&M Software ocorreu na terça-feira. Os criminosos usaram credenciais vazadas de clientes da companhia, como login e senha, para acessar os sistemas da empresa. Informado do fato pela própria empresa, o BC determinou que a C&M desligasse o acesso das instituições ao seu sistema.
Segundo a Grant Thornton, 79% das empresas se sentem mais expostas a ataques cibernéticos, mas só 25% contratam seguro e a arrecadação com prêmios de seguros cibernéticos saltou de R$ 6,1 milhões em 2019 para R$ 43,4 milhões em 2024, representando um crescimento nominal de 611% em apenas cinco anos, de acordo com a última edição da pesquisa GT de Cibersegurança, da Superintendência de Seguros Privados (Susep).
Com informações da Agência Brasil