Empresa chinesa diz que 70% dos seus investimentos externos serão no Brasil

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As empresas chinesas têm expectativas positivas diante dos investimentos nos países que compõem o grupo BRICS. "O investimento no Brasil atingirá 70% do total dos investimentos feitos por nossa companhia no estrangeiro depois da conclusão da aquisição", disse no sábado Ge Junjie, presidente da Hunan Dakang Pasture Farming, em um seminário sobre investimentos no exterior realizado em Shanghai.

Ge, cuja empresa tem sede na Província de Hunan, centro da China, disse que a investidora estratégica da empresa, o Grupo Pengxin de Shanghai, e sua filial de propriedade completa no estrangeiro, DKBA, adquiriu 53,99% das ações da Belagricola, uma empresa especializada na venda de equipamentos agrícolas no Brasil.

Já em 2016 o grupo tinha comprado 57% dos valores da Fiagril, uma companhia mercantil brasileira. Cada vez mais empresas chinesas estão procurando oportunidades de investimento nos países BRICS.

Huang Qingfeng, presidente do fabricante de equipamentos e maquinarias Shanghai Zhenhua Heavy Industries, disse que a empresa começou a investir no Brasil, Índia, Rússia e África do Sul em 1996, 2005, 2006 e 2008, respectivamente, procurando parceiros de cooperação. Atualmente a companhia está negociando um projeto de desembarque automático com clientes indianos.

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A princípios deste ano, o Grupo de Gás de Beijing comprou 20% das ações de uma subsidiária da maior petrolífera russa, Rosneft. As empresas chinesas estão investindo em mais países e em setores diversificados, segundo Cline Zhang, gerente da sucursal em Shanghai do Citibank (China).

Segundo Zhang, as empresas chinesas estão atuando de uma maneira mais enérgica, e estão concentrando-se no desenvolvimento sustentável e prevenção de riscos.

O potencial para que o investimento dos cinco países do grupo se expanda entre um e outro é grande. O total do investimento dos BRICS no estrangeiro atingiu US$ 200 bilhões, 12% do total global. No entanto, somente 6% do total dos investimentos pelos países BRICS corresponde ao investimento bilateral e mútuo entre si.

Segundo Huang Qingfeng, uma política econômica nacional estável é uma condição fundamental para atrair mais investimento estrangeiro. O empresário considerou, além disso, que os BRICS podem melhorar seus padrões de serviços e garantia para investidores do exterior.

"O uso de Renminbi como uma moeda de pagamento, assim como a oferta de mais facilidades de impostos e visto, podem levar mais empresas chinesas a investir nos países do BRICS", apontou Huang. "Também são necessários mais serviços financeiros e de consultas para ajudar a diminuir os riscos."

A agência China Economic Information Service e a PricewaterhouseCoopers China publicaram no sábado um Relatório sobre Ambiente de Investimento no BRICS, que fornece informações sobre macroeconomia, ambiente de investimento e políticas de investimento mais atualizadas.

No futuro, a atualização da demanda nacional e a complementaridade entre os BRICS serão o fator principal que levará as empresas chinesas a investir nos países BRICS, segundo especialistas.Ge Junjie disse que a futura operação integrada da Belagricola e Fiagril fortalecerá a competitividade global da empresa e diminuirá os riscos de operação no estrangeiro.

"Espera-se que produtos agrícolas do Brasil, como açúcar, café e suco de frutas entrarão no mercado chinês com melhor qualidade e preços mais baixos no futuro", assinalou Ge.

Agência Xinhua

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