Empresários pedem a Temer ‘mais sacrifício’ para trabalhador

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Representantes do setor industrial apresentaram nesta quarta-feira ao vice-presidente da República, Michel Temer, um conjunto de 38 propostas para os próximos dois anos caso a presidente Dilma Rousseff seja afastada pelo Congresso. Segundo o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, entre as sugestões estão mudanças nas legislações trabalhistas e previ-denciária, alteração na política cambial, refinanciamento de dívidas das empresas e desburocratização.
Na área trabalhista, o presidente da CNI defendeu a aprovação do projeto de lei que regulamenta as terceirizações e a “valorização” dos acordos sindicais entre trabalhadores e empresários. “Só esses dois pontos resolveriam grandes questões existentes hoje nas relações de trabalho e que acumulam a Justiça Trabalhista de um grande número de processos”.
Para Andrade, esse é o momento de trabalhadores, sindicatos e empresários darem sua “cota de sacrifício” para que o país saia da crise e volte a crescer. Segundo ele, a “cota de sacrifício” das em-presas têm sido a queda na participação do setor industrial no PIB. “Saímos de um PIB em que tínhamos participação de 18% há quatro anos para uma participação de 9%. Isso já é um sacrifício enorme que a indústria tem feito, mantendo um parque industrial ativo, competente, capaz de crescer, inovando, com desenvolvimento e tecnologia”.
O setor industrial também pediu a Temer, caso assuma o comando do país, que adote políticas de “previsibilidade cambial”. “Há a necessidade de uma política cambial estável para que o setor exportador possa fazer um preço, assinar um contrato, sair para vender seus produtos lá fora. Se hoje o dólar está a (R$) 4 e amanhã a (R$) 3,50, você não tem condições de fazer propostas”, destacou.

Andrade defendeu junto ao vice a terceirização e livre negociação
Andrade defendeu junto ao vice a terceirização e livre negociação
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