Todos os anos, empresas brasileiras deixam de ganhar R$ 230 milhões por ano com a improdutividade de suas operações, segundo levantamento pela LEVEE, fintech que usa inteligência artificial para aumentar produtividade nas empresas.
O estudo feito com as 500 maiores empresas do país – considerando o ranking da EXAME -, envolve desde deficiências no sistema produtivo efetivamente até falhas operacionais causadas pelo capital humano das empresas, como rotatividade – custo, tempo de reposição, sobrecarga de outros profissionais -, absenteísmo (faltas diárias) e também os atrasos. A pesquisa levou em consideração principalmente os dados da camada operacional das empresas.
"Os gargalos produtivos são um dos maiores entraves para aumento de competitividade das empresas no país. E quando olhamos sob a ótica de indicadores de negócio, é possível perceber que esses gargalos corroem as métricas", afirma Jacob Rosenbloom, CEO da LEVEE.
Os gargalos derivados da improdutividade da força de trabalho são especialmente notáveis em quatro setores da economia: varejo, alimentação, serviços terceirizados e saúde. A rotatividade média entre as grandes empresas no país é de 40% ao ano, sendo que profissionais da camada operacional tendem a trocar de emprego até mesmo por posições semelhantes financeiramente, mas com 30 minutos a menos de deslocamento, segundo o levantamento.
Além disso, as empresas gastam em média entre dois e cinco salários até conseguir repor um funcionário que saiu, incluindo: verbas de desligamento do funcionário anterior, processo de seleção de um novo, verbas de contratação e treinamento até deixá-lo apto a desempenhar integralmente suas funções. Entram na conta também o tempo do profissional utilizado para suprir a ausência do funcionário que saiu e também o quanto ele deixou de produzir em seu posto de trabalho para realizar as funções do outro.
O alto índice de absenteísmo, que são as faltas diárias dos funcionários, também é um fator relevante. Em média 5% dos funcionários faltam por dia em empresas do setor de serviços no Brasil, número que pode chegar entre 7% a 10% em segmentos como o varejo. A distância casa-trabalho é um dos principais motivadores de faltas ao trabalho, sendo que o índice tende a crescer em condições sazonais, como chuvas, problemas no transporte público, trânsito entre outros.
Tecnologia como aliada
É nesse contexto que cresce no país a fintech brasileira LEVEE. Criada por dois americanos – Jacob Rosenbloom e Derek Fears – no Brasil. A fintech se propõe a utilizar soluções de inteligência artificial para atacar os principais gargalos de produtividade das empresas no país.
Por meio de seus algoritmos, a LEVEE ajuda a mapear os candidatos mais qualificados em escala, com maior probabilidade de retenção ao emprego e que residem próximo ao posto de trabalho. Com isso, ajuda as empresas a terem indicadores de negócios mais positivos.
"Observamos hoje que grandes gargalos produtivos derivados de problemas com a gestão de capital humano têm efeitos profundos em indicadores de negócios. Com a retomada da economia e a expectativa de maior turnover entre as camadas operacionais, as grandes empresas começam a se preparar melhor para encontrar perfis mais assertivos de funcionários com maior probabilidade de retenção", afirma Rosenbloom.
A fintech, que tem em sua carteira de clientes grandes nomes como Pernambucanas, C&A, St Marché, Dasa, Rede D'Or e G4S, viu seu faturamento crescer 32 vezes nos últimos dois anos. Por ano, seus sistemas inteligentes são aplicados a mais de 150 mil postos de trabalho, e trazem como resultados, redução da rotatividade e absenteísmo, redução no prazo de contratação além de redução de gastos com vale transporte.