Empresas chinesas de eletrodomésticos procuram oportunidades no Brasil

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A maior exposição de eletrodomésticos da América Latina, a Eletrolar Show 2018, foi realizada recentemente na cidade de São Paulo, no Brasil. Uma feira de marcas de eletrodomésticos chineses, organizada pelo Ministério de Comércio da China, foi enviada para participar no evento, atraindo a participação de cerca de 120 empresas chinesas.

Durante a exposição, vários produtos de marcas chinesas, tais como o fabricante de eletrodomésticos Galanz e o produtor de drones DJI, atraíram numerosos visitantes. Nos últimos anos as empresas chinesas têm vindo a ser mais cautelosas relativamente à questão da propriedade intelectual, ao reforço da pesquisa e inovação, e ao melhoramento da qualidade e aparência dos produtos.

Um vendedor de um shopping no Rio de Janeiro disse ao repórter do Diário do Povo que os produtos chineses têm boa qualidade, mas que entraram mais tarde no mercado brasileiro, em comparação com as marcas europeias, japonesas e sul-coreanas. Como tal, ainda não são muito conhecidos entre os consumidores locais. As empresas chinesas tomaram várias medidas para responder a essa situação.

Neste ano, o jogador Neymar se tornou o “embaixador global de marca” do grupo chinês TCL, tendo sido considerado um passo importante para a estratégia de globalização da empresa. Yue Haiping, vice-gerente-geral da Semp TCL disse que, com a popularidade e o valor comercial de Neymar na Europa e América do Sul, a marca possui maior potencial nestas regiões e em outros mercados emergentes.

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Em 2016, o grupo TCL anunciou a fundação de uma joint venture com a companhia brasileira Semp, fabricante de eletrodomésticos com uma história de mais de 70 anos.

Uma outra empresa chinesa de eletrodomésticos, a Midea, abriu sua loja online este ano no Brasil. Segundo funcionários da companhia, a empresa irá ainda assinar acordos com institutos de pesquisa, com vista a obter informações sobre as tendências de desenvolvimento da indústria. A Midea diz estar “disposta a aumentar a produção, acompanhando a recuperação econômica do Brasil.”

Exportação cresce 40%

Cada vez mais empresas chinesas têm vindo a estabelecer as suas unidades de produção no Brasil nos últimos anos, mostrando a sua confiança no mercado brasileiro e latino-americano. No primeiro trimestre de 2018, o volume de exportações de eletrodomésticos e eletrônicos de consumo da China para o Brasil atingiu os US$ 460 milhões, um aumento de 40% em comparação com o mesmo período do ano passado.

As marcas chinesas apresentam um bom desempenho na América Central. A China é o segundo maior fornecedor de aparelhos televisivos da região. Segundo a imprensa costa-riquense, os produtos chineses ocuparam 60% das importações totais de televisões do país em 2016, um crescimento anual de 52%.

De acordo com dados estatísticos, no primeiro trimestre deste ano, o volume total de eletrodomésticos e produtos eletrônicos exportados da China para a América Latina atingiu os US$ 2 bilhões, um aumento de 31% em comparação com o mesmo período do ano passado.

As exportações para o México, Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, e Peru também mantiveram um crescimento de dois dígitos.

Diário do Povo

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