Demorou, mas o estado norte-americano de Arizona decidiu proibir os testes com veículos autônomos da Uber. A proibição tem pouco efeito prático, pois a empresa já suspendera os experimentos em todo o país após o carro em que o motorista era apenas um passageiro atropelou e matou uma ciclista, mas só foi tomada pelo estado após muita pressão da opinião pública. Inicialmente, o governo tentou inocentar a tecnologia da companhia. A polícia da cidade de Tempe chegou a dizer que o acidente era inevitável, após estranha divergência sobre a velocidade máxima no local do atropelamento. Deve-se notar que, em média, 16 pessoas são atropeladas por dia nos Estados Unidos, por motoristas humanos.
Porém, o caso aqui é emblemático sobre uma nova tecnologia cujo desenvolvimento parece estar embrionário, mas a vontade das empresas em adotá-la está no extremo oposto. Como acontece não só com a Uber, mas com outras companhias que, sob a bandeira de serem “disruptivas”, avançam sinais e atropelam leis, ou, no mínimo, vivem no limite dos buracos das legislações. Os últimos dias têm sido penosos para algumas dessas empresas. O Facebook se vê no furacão de acusações de manipulação e uso de dados pessoais. Outra, a Tesla, enfrenta cada vez mais a ameaça de ir à bancarrota. O analista Marcelo López, gestor de recursos na L2 Capital Partners, acredita que as ações da companhia de automóveis elétricos vão “derreter” dentro de 90 a 120 dias e que a empresa caminha para uma situação crítica. A Tesla torra algo em torno de US$ 12 milhões por dia. Não satisfeita, ofereceu ao CEO, Elon Musk, US$ 50 bilhões para continuar no cargo, mais do que todos os CEOs das empresas do S&P 500 juntos.
Um choque de realidade faria bem para todos.
Chuchu fora da roça
A necessidade de entrar em uma briga monopolizada por Lula e Bolsonaro explica, mas não minimiza, a decisão de Geraldo Alckmin de deixar de lado seu perfil de picolé sem sabor para dar uma declaração infeliz sobre o ataque a tiros contra a caravana do ex-presidente (“Eles colhem o que plantaram”). Debaixo de críticas, recuou e defendeu a paz e o dálogo.
Será que no caso do assassinato da vereadora Marielle Franco, o governador de São Paulo também culpa a vítima?
DUT online
O Detran fechou parceria com todos os cartórios do Estado do Rio de Janeiro para implantar o DUT eletrônico, sistema de comunicação online, pelo qual o cartório comunica a transferência em tempo real ao órgão. A medida dá ao vendedor a garantia de que não será responsabilizado por multas cometidas após a data da comunicação eletrônica da transferência. E assegura ao comprador que multas anteriores à negociação não serão de sua responsabilidade. Além disso, caso exista alguma restrição relacionada ao veículo negociado, a transferência não será efetivada.
Em 2017, 887.579 pessoas registraram a transferência do veículo. Dessas, somente 113.690 fizeram a comunicação de venda.
Alegria dura pouco
O economista da Fecomércio MG, Guilherme Almeida, elogia a redução na tarifa média de intercâmbio dos cartões de débito, que o BC limitou a 0,5% do valor da transação, enquanto o percentual máximo para cada operação não deverá ultrapassar 0,8%. “Hoje, a taxa média é de 0,82%. Então, baratear a utilização de um meio de pagamento mais seguro e eficiente é importante para gerar mais interesse por ele”, argumenta.
Almeida observa, no entanto, que a tarifa de intercâmbio é apenas um dos componentes da taxa de desconto, e o limite anunciado não é garantia de preços mais baixos para o consumidor. “O impacto esperado pelo BC só será sentido na ponta se – e somente se – as credenciadoras, de fato, repassarem a redução da taxa aos empresários”.
Homologados
A fornecedora de materiais elétricos Steck obteve da Cemig a homologação da linha de minidisjuntores SDZ e SDA. Os equipamentos protegem fios e cabos elétricos contra curtos-circuitos e sobrecargas de energia .
Rápidas
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, será o convidado do Almoço do Empresário, da Associação Comercial do Rio (ACRJ), dia 9, às 11h30 *** O Centro de Economia Mundial da FGV realiza dia 2, de 9h às 12h30, o seminário “A retomada do crescimento”, que terá a participação do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn. Não deve ser sobre o crescimento dos lucros dos bancos, já que estes nunca deixaram de crescer. Inscrições: www.fgv.br/eventos/?P_EVENTO=3780&P_IDIOMA=0