Empresas europeias temem impacto econômico em caso de “Brexit”

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Há menos de um mês para a data do referendo que irá discutir uma possível saída do Reino Unido da União Europeia, uma nova pesquisa International Business Report (IBR) da Grant Thornton revela que a comunidade empresarial europeia teme o impacto que o chamado “Brexit” teria sobre a economia do continente.
A Grant Thornton perguntou aos líderes de negócios em toda a Europa sobreo impacto do “Brexit”. Cerca de oito em cada dez (79%) dos entrevistados na Zona do Euro acreditam que um “Brexit” teria um impacto negativo; Menos de 4% acreditam que seria positivo.
No próprio Reino Unido, a grande maioria das empresas (68%) acredita que “Brexit” terá um impacto negativo sobre a Europa. Os números também são elevados entre as empresas em países com relações comerciais de longa data com o Reino Unido, incluindo a Irlanda (96%) e Alemanha (89%).
– Ainda é cedo para avaliar se este movimento de saída da Inglaterra pode causar um impacto importante nas relações comerciais com o Mercosul. Atualmente mesmo na Comunidade Europeia ainda há muitas divergências entre pros e contras sobre esta saída e seus efeitos bilaterais. O Mercosul poderá sobre algum impacto em caso de um eventual crescimento nas relações – explica Daniel Maranhão, sócio líder de auditoria e consultoria da Grant Thornton Brasil.
Ao serem questionados sobre quais seriam as prioridades de investimento da Europa para 2020 como estratégia de crescimento, em sua maioria (33,4%), os respondentes da Zona do Euro acreditam que a saída passa pelo apoio às pequenas e medias empresas. 28, 1% acreditam que a prioridade deva ser investimento em formação, inovação e educação.
Para Maranhão, da Grant Thornton Brasil, este cenário traz um paralelo com o Brasil uma vez que as PMEs brasileiras assumem parte cada vez mais relevante no PIB e na empregabilidade do país.
– Assim como a pesquisa aponta o fomento às PMES como solução para o crescimento econômico de países na Zona do Euro, no Brasil, este incentivo é fundamental, tendo em vista a crescente participação desta faixa de empresas no PIB e seu impacto na empregabilidade do país – explica.
Além da possibilidade de o Reino Unido deixar a UE, a Grant Thornton também pediu aos líderes empresariais para nomear os outros fatores que podem representar ameaça para a estabilidade econômica da região. Dentro da Zona do Euro, as principais preocupações destacadas foram o baixo crescimento econômico (25%) e elevada taxa de desemprego (19%).  Questões como a deflação (13%) e migração para a UE (10%) foram citados com menos frequência.
No Reino Unido, as empresas citaram principalmente a dívida nacional como o maior desafio para a estabilidade econômica na UE. Uma em cada três empresas, afirmando que esta era a sua principal preocupação (29%).
Apesar dessas preocupações, no entanto, o IBR também destaca o otimismo empresarial europeu. O otimismo econômico para se fazer negócios da Zona do Euro chegou aos 31% no 1º trimestre de 2016, superior ao valor global para o mesmo período (26%). Nesta pesquisa o Brasil foi apontado como o terceiro país menos otimista. países da zona euro também relatam boas expectativas de emprego para os próximos 12 meses (25%), uma métrica que se manteve estável em relação ao ano passado.

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