Endesa desiste da Copel

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A atual incerteza que afeta os mercados financeiros e também a do mercado energético brasileiro será sempre a desculpa, mas registre-se que os espanhóis foram os primeiros usá-la. Com tais argumentos a Endesa anunciou a desistência de participar do leilão da Companhia Paranaense de Energia, no qual o lance mínimo será de R$ 4,3 bilhões.
A espanhola Endesa, a portuguesa Electricidade de Portugal, a francesa Electricité de France, a canadense Hydro-Quebec, a belga Tractebel, unidade da francesa Suez AS, e a norte-americana AES são as companhias que haviam demonstraram interesse em adquirir a companhia paranaense. Qual será a próxima?
Por enquanto, pelo otimismo revelado e pelas declarações de Antonio Manuel Garcia, presidente da Energen, responsável pelos ativos da Electricidade de Portugal para a produção de energia no Brasil, a EDP ainda está na disputa, pois continua a analisar atentamente as oportunidades de investimento no Brasil e pretende alcançar o correto equilíbrio entre a geração e a distribuição, complementando a última atividade com outros elos da cadeia de valor. E já aplicou 1,41 bilhão de euros para controlar as distribuidoras Bandeirante Energia, em São Paulo, Escelsa, no Espírito Santo, Enersul, no Mato Grosso do Sul, e ter participação minoritária na Cerj no Rio da Janeiro.

Swissair prova briga entre bancos
Mais de 60 bancos da Europa e do Japão, todos credores da falida Swissair, estão preparando ações judiciais contra o UBS e o Crédit Suisse, que agora controlam a companhia aérea. Os reclamantes, dentre os quais se encontram o Deutsche Bank, o Commerzbank, o Citibank e o Hypovereinsbank, emprestaram um total de 9 bilhões de francos suíços, cerca de US$ 46 milhões, durante a fase de expansão e, agora, alegam que não foram consultados pelo UBS e pelo Crédit Suisse sobre a reestruturação e, segundo o jornal Le Temps, suspeitam que as duas instituições tenham se aproveitado da crise da para ficar com os ativos da empresa.
Os 60 bancos, no entanto, não são os únicos que pretendem mover ações judiciais contra os duas maiores instituições bancárias da Suíça. A associação para a defesa dos pequenos acionistas da Swissair também faz a acusação de que os dois bancos deixaram o grupo aéreo chegar à falência para adquirir as ações pelo preço mais baixo possível.

Fusões e aquisições diminuíram no Brasil
O número de fusões e aquisições no mercado brasileiro apresentou retração de 23% no terceiro trimestre deste ano em relação à média mensal registrada em igual período do ano anterior, segundo a KPMG Corporate Finance. Foram registradas 68 operações, contra 79, e nos primeiros nove meses foram concretizados 212 negócios, contra 259 no mesmo período de 2000. O relatório aponta que a desvalorização do real frente ao dólar, influenciada principalmente pela crise da economia argentina, foi o fator que interferiu nas negociações, pois as empresas com custos atrelados à moeda norte-americana e com receita em reais foram as mais prejudicadas e tiveram que abandonar projetos.

Adiada reativação da economia chilena
O governo chileno acha que o ataque norte-americano ao Afeganistão e a situação bélica derivada da ação terrorista atrasará a reativação econômica do país para o final de 2002 e a recuperação do nível de emprego será mais lenta, apesar das autoridades ainda conseguirem manter o índice abaixo dos dois dígitos. A situação bélica mundial produzirá atraso de aproximadamente seis meses.

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Sun Microsystems vai ter novos prejuízos
O UBS Warburg alterou a previsão de resultados da Sun Microsystems Inc. para o exercício de 2002. Antes, seus analistas admitiam lucro de US$ 0,19 por ação; agora, um prejuízo de US$ 0,07 por ação. No final da semana passada, a fabricante de redes de computador anunciou o corte de 9% sua força de trabalho e culpou os efeitos da fragilidade da economia e dos ataques de 11 de setembro pelos prejuízos do seu primeiro trimestre fiscal.

Morgan Stanley vende prédio
O Morgan Stanley anunciou que venderá para o concorrente Lehman Brothers Holdings Inc. o prédio de 32 andares que possui em Manhattan. Detalhes da transação ainda não foram revelados, mas o comprador adiantou que a aquisição possibilitará a manutenção de mais de 5 mil empregos na ilha, de vez que foi obrigado a esvaziar sua sede na região, após os atentados do dia 11 de setembro.
O Morgan Stanley, cujas instalações no World Trade Center foram destruídas durante o ataque, garante a manutenção de sede também em Manhattan, pois continua comprometido com a cidade de Nova York. Quanto ao prédio que está sendo negociado, o vendedor alega que possui boa localização para a equipe desalojada e que executa trabalhos de processamento, administração e corretagem de varejo.

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