Energia elétrica puxou IPC-S para cima na quarta quadrissemana

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Lâmpada acesa (Foto: Asif Akbar/Sxc.Hu)
Lâmpada acesa (Foto: Asif Akbar/Sxc.Hu)

As taxas avançaram em cinco das oito classes de despesa componentes do indicador. O grupo habitação representou a maior contribuição para resultado do IPC-S passando de 2,15% na terceira quadrissemana do mês para 2,59% na quarta quadrissemana. De acordo com o Ibre, nessa classe de despesa houve o impacto do comportamento do item tarifa de eletricidade residencial, cujo preço variou 8,52%, ante 6,27% na edição anterior do índice.

Outras altas nas taxas de variação dos grupos foram notadas na educação, leitura e recreação que saiu de 2,25% para 2,90%; transportes, de 1,32% para 1,50%; comunicação, de 0,21% para 0,39%, e despesas diversas passando de 0,29% para 0,30%.

“Nessas classes de despesa, vale destacar o comportamento dos itens: passagem aérea (17,61% para 22,70%), gasolina (2,75% para 3,38%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,48% para 1,04%) e cigarros (0,48% para 0,58%)”, informou o Ibre.

Já outros grupos registraram queda, como saúde e cuidados pessoais, de 0,31% para 0,14%; o vestuário, saindo de 0,39% para 0,28%, e alimentação, de 1,13% para 1,09%.

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“Nessas classes de despesa, vale citar os itens artigos de higiene e cuidado pessoal (0,52% para -0,01%), calçados infantis (0% para -1,12%) e aves e ovos (4,31% para 3,81%)”, informou o Ibre.

A próxima apuração do IPC-S, com dados coletados até o próximo dia 7, será divulgada na sexta-feira.

Já sobre o Relatório Trimestral de Inflação de setembro divulgado ontem, o estrategista-chefe do Banco Digital Modalmais, Felipe Sichel disse que o RTI “não adiciona muitas novidades sobre a condução da política monetária quando comparado a Ata da 241ª reunião. Destaques para a projeção de crescimento da economia (4,7% em 2021 e 2,1% em 2022), a projeção de hiato do produto ainda aberto e negativo ao final de 2022 (em -1,2%) e a atribuição de 17% de probabilidade da inflação de 2022 ficar acima do teto da meta (contra 11% de ficar abaixo do piso).”

“Pela apresentação do relatório, destacamos a qualificação do termo ‘patamar significativamente contracionista’ se referindo ao final do ciclo de aumento e interpretamos a resposta sobre o alongamento da trajetória de alta de juros como uma maneira de limitar os efeitos secundários dos choques de oferta de curto prazo. Ainda, destacamos a trajetória de inflação no cenário base do BC, em que o IPCA acumulado em 12 meses alcançaria o pico no terceiro trimestre de 2021 e passaria a cair, finalizando 2021 em 8,5% e 2022 em 3,7%. Pelos nossos modelos, também projetamos o pico da inflação acontecendo no terceiro trimestre do ano, porém vemos o índice em um valor maior e a queda acontecendo de maneira mais lenta nos períodos a frente. A partir do cenário traçado e das projeções de inflação, mantemos inalterada nossa trajetória de Selic com a taxa básica chegando a 8% ao final de 2021, eleva-se a 8,5% no primeiro trimestre de 2022 e ficaria nesse patamar até o final de 2022. Ressaltamos, novamente, o viés altista para nossa projeção de Selic.”

 

Com informações da Agência Brasil

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