A economia do Estado do Rio de Janeiro tem crescido nos últimos trimestres acima da média nacional. Esse desempenho, porém, será afetado pela crise energética fabricada pelo tucanato e pela conseqüente redução nos investimentos. Esse são os principais dados que serão detalhados pelo Indicador Composto da Economia do Rio (ICE-RJ) e pelo ICE-BR, nacional. Elaborados pelo Laboratório de Acompanhamento da Economia da Universidade Federal Fluminense (LAE/UFF), com o apoio do Instituto Virtual de Economia e Logística, os indicadores serão divulgados, mensalmente, a partir da próxima terça-feira, pelo Conselho Regional de Economia do Rio de Janeiro (Corecon-RJ). O ICE é composto pelas séries estatísticas produzidas por IBGE, Banco Central, Ministério da Indústria, CNI, Firjan, Fecomércio, Fiesp e Federação do Comércio Varejista de São Paulo sobre a atividade econômica regional e nacional.
Ultrapassando a fronteira
O racionamento de energia elétrica no Brasil afetará os bolivianos que vivem na fronteira, informa o jornal boliviano El Deber. A população da província de Germán Busch recebe eletricidade fornecida pela brasileira Enersul e estará submetida aos mesmos cortes de energia que Corumbá, no Mato Grosso do Sul.
Risco
Incluídas entre os setores essenciais, que não podem ficar sem energia elétrica em caso de apagão, as refinarias da Petrobras não teriam como operar no caso de falta de energia descontrolada. As unidades não contam com geradores capazes de manter o funcionamento; estes equipamentos estão sendo encomendados a toque de caixa, mas só devem estar disponíveis em meados de 2002. Até lá, é rezar para que nada de mais grave aconteça porque, se ficar sem eletricidade, o país também não terá combustível.
Dor de cabeça
Estonteante foi o acordo fechado pela cervejaria Guiness para indenizar os empregados da fábrica que fechou na República da Irlanda. Os funcionários com mais de 50 anos de idade receberão, durante dez anos, 14 garrafas de cerveja por semana. Já os com menos de 50 anos, ganharão 24 latas de cerveja duas vezes por ano, também por uma década. O brinde não exclui as cláusulas pecuniárias.
Curto circuito
Os trabalhadores do sistema Eletrobras fizeram greve ontem, por conta de sua campanha salarial. “Estamos deixando claro para a sociedade que não somos responsáveis por essa crise e manteremos o fornecimento sob controle”, disse o diretor da Federação Nacional dos Urbanitários (FNU), José Drumond Saraiva. Drumond atribui a greve à intransigência Eletrobras, que, segundo ele, em vez de garantir a reposição salarial pelo índice ICV/Dieese, se limita a oferecer 3%, apesar de ter lucrado R$ 2,5 bilhões, aumento de 400% sobre 1999.
Apagão anunciado
Segundo Drumond, as empresas de energia elétrica já demitiram 100 mil funcionários desde 1993, início do processo de privatização do setor. O número ajuda a entender a gênese do racionamento de energia para o qual o país foi empurrado pelos sábios economista
Especialista
O presidente do PFL, Jorge Bornhausen, deve ser saber do que fala quando acusou o presidente da OAB, Rubens Approbato, de “lixo” por criticar o império das medidas provisórias no reinado do presidente FH. Aliado fiel e escudeiro terminal de Collor, Bornhausen tem ampla experiência no assunto.
Prioridades
O presidente do BNDES, Francisco Gros, anunciou que os investimentos necessários para tirar o setor elétrico do escuro somam R$ 45 bilhões. Gros considera esse número muito elevado. Deveria mostrar espanto dobrado ao lembrar-se que representa metade dos R$ 90 bilhões que o governo torrou ano passado com juros.