A posse de Silas Rondeau na presidência da Eletrobrás será “à luz de boate”, “sem holofotes”. Este é o desejo da ministra das Minas e Energia, Dilma Roussef, que não quer dar a menor chance da solenidade virar palco de críticas à política energética feitas pelo presidente que deixa a estatal, Luiz Pinguelli. A cerimônia será dia 12, no próprio ministério, mas longe do auditório.
Massacre
Pesquisa do professor Waldir Quadros, do Instituto de Economia da Unicamp, revela que, em 2002, último ano formal do governo FH, 39% das famílias de classe média tinham rendimento abaixo de R$ 1 mil. Os dados mostram as razões do troco dado pela classe média ao tucanato nas urnas. Como diria Duda Mendonça, isso é fato, isso é verdade!
Replay
Os números não servem apenas para fixar um raio X do interminável governo FH. Também são um alerta contra a tática camicase dos marqueteiros do Planalto de defender o ajuste fiscal até a vitória final. Ou ao menos, para alertar os fundamentalistas da equipe econômica para os efeitos dessa política sobre os humores das urnas.
Diretas
O segmento de cuidados pessoais – que engloba, entre outros, cosméticos, perfumes, bijuterias e vestuário – responde por 88,18% do mercado de vendas diretas. Utilidades domésticas e produtos para casa ficam com 8,13% de participação. Complementos nutricionais (3,41%) e lazer e serviços (0,28%) fecham a lista. No primeiro trimestre o setor de vendas diretas faturou R$ 1,9 bilhão, crescimento de 23% (sem descontar a inflação) em relação a igual período de 2003.
Força
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, estará no Rio na próxima sexta-feira para o almoço de posse de Carlos Alberto Vieira, do Safra, na presidência da Associação e Sindicato dos Bancos do Rio. O presidente do Bradesco e da Febraban, Márcio Cypriano, também confirmou presença.
Sem rumo
O desmoronar dos mercados financeiros que persiste há quase uma semana confirma advertência reiterada por esta coluna: a equipe econômica do presidente Lula confundiu “bolha” com tendência.
Abstêmio
A coluna não tem certeza se serve de troco, mas o governo Lula poderia lembrar ao The New York Times que, no país daquele periódico, o presidente se tornou uma ameaça muito maior depois que parou de beber. Ou na consagrada síntese produzida por importante intelectual: “O presidente Bush sóbrio é muito perigoso”.