“Dados da revista The Banker deste ano dão conta que os mil principais bancos comerciais do mundo possuem US$ 52,4 trilhões de ativos financeiros, sendo que apenas US$ 2,4 trilhões são capital próprio. Portanto, menos de 5% do total; os outros 95% são emitidos como recursos virtuais que circulam pelo mundo em alta velocidade. Um dia apenas de circulação desses recursos seria suficiente para prover grande parte das políticas públicas que certamente emergirão daqui”, afirmou a governadora do Rio de Janeiro, Rosinha Garotinho (PMDB), após participar da abertura da Cúpula Mundial da Família – Por uma Política Familiar Global, em Sanya, província de Hinan, na China.
Cumpra-se
O presidente do Conselho Federal Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Roberto Busato, ingressou, ontem, no Supremo Tribunal Federal cobrando o cumprimento do artigo 26 das disposições transitórias da Constituição de 1988, que obriga que o Congresso Nacional “promova e ultime, através de comissão mista, exame analítico e pericial integral, sob todos os aspectos, de todos os atos e fatos geradores do endividamento externo brasileiro”. Em linguagem menos empolada, audite a dívida externa brasileira, ponto, aliás, recorrentes nos programas petistas. Como depois de 16 anos, o preceito constitucional não foi cumprida, a OAB resolveu acionar judicialmente o Congresso para que cumpre a lei: “A dívida externa comprometeu o crescimento brasileiro, permitiu a perpetuação da miséria e atingiu a própria soberania do país”, afirma o parecer do Conselho Federal da OAB aprovado por unanimidade por seus representantes, no parecer que embasa a ação proposta ao Supremo.
De mansinho
Depois de participar, no primeiro semestre do ano, de reunião na qual teceu pesadas críticas ao governo Lula, ao qual acusou de sérios problemas de gerenciamento e incompetência, o economista Antônio Barros de Castro, poucos meses depois, foi guindado ao cargo de assessor especial do então ministro do Planejamento, Guido Mantega. Mais adiante com o defenestramento de Carlos Lessa, substituído por Mantega, Barros, que já presidiu o banco na gestão de Itamar Franco, acabou na diretoria da instituição.
Briga de comadres
A bem da verdade, registre-se que Castro, na reunião na qual criticou o governo Lula, mostrou, no essencial, seu alinhamento com a política econômica, apesar do forte saudosismo do governo FH. Suas críticas mais fortes foram em relação à operação do governo petista e à competência dos seus operadores. Até cerca de dois anos, a convergência com idéias tucanas era encarada por petistas como grave ofensa. E críticas à sua capacidade de governar, como despeito e preconceito tucano. Com quase dois anos de governo, as primeiras passaram a soar como elogio e as segundas, como críticas construtivas ou, no máximo, brigas de comadres. Isso talvez explique por que Carlos Lessa, que não se converteu, está fora do governo Lula e Barros, que continua pensando como antes, acabou na cúpula do BNDES.
Globalização
“A Integração Econômica Internacional na Era da Globalização” é o tema da palestra que o professor José Luiz Conrado Vieira faz hoje no IbmecLaw (Centro de Estudos em Direito do Ibmec São Paulo). O assunto é o tema central de livro de Conrado Vieira editado pela Letras & Letras (496 páginas, R$ 49) e que será lançado na ocasião. O evento será realizado no auditório da Unidade Paulista do Ibmec São Paulo às 19h30m. Os interessados em participar devem confirmar presença pelo telefone (11) 3253-0344.
Alimentos
A Legião da Boa Vontade lançou em todo o Brasil sua tradicional campanha “Natal de Jesus – O Pão Nosso de Cada Dia!”. O objetivo é arrecadar e distribuir cerca de 350 toneladas de alimentos, que serão entregues entre os dias 10 e 22 deste mês em dezenas de cidades brasileiras.
Conhecimento de causa
Entre 1984 e 2003, a renda per capita brasileira cresceu apenas 0,94% ao ano. A continuar essa ritmo, seriam necessários cerca de 70 anos para dobrar o padrão de vida dos brasileiros. Os dados constam do estudo inicial que vai subsidiar o novo programa do PFL. Segundo o partido, os dados provam ser preciso “realizar transformações profundas na vida nacional para romper essa situação insuportável”. Não se pode dizer que o PFL não sabe do que fala. Nos 20 anos analisados, em 19 deles o partido esteve no governo.