Os Estados Unidos anunciaram nesta quinta-feira que realizarão exercícios militares conjuntos com as Forças Armadas da Guiana. “O Comando Sul dos EUA conduzirá operações de voo dentro da Guiana”, exercícios de “rotina para melhorar a parceria de segurança” entre os dois países e para “fortalecer a cooperação regional”.
O ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino López, descreveu como “provocação infeliz” o anúncio feito pelos Estados Unidos. “Esta infeliz provocação dos Estados Unidos em favor dos pretorianos da ExxonMobil na Guiana é mais um passo na direção errada. Alertamos que não seremos desviados de nossas futuras ações para a recuperação de Essequibo”, escreveu o ministro em uma rede social. A Venezuela disputa com a vizinha Guiana o território de Essequibo.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que está acompanhando com “crescente preocupação” a situação em Essequibo, que faz também fronteira com o norte do Brasil. No último domingo (3), a Venezuela aprovou um referendo que torna a região parte do país.
A preocupação de Lula foi manifestada durante a abertura de reunião de cúpula dos países membros do Mercosul, no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro. “O Mercosul não pode ficar alheio a essa situação”, disse, ao pedir o apoio dos colegas sul-americanos a uma minuta acordada pelos chanceleres do bloco regional.
“Não queremos que esse tema contamine a retomada do processo de integração regional ou constitua ameaça à paz e estabilidade”, defendeu Lula.
Ele quer que a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) sejam utilizadas para o encaminhamento pacífico da questão. O presidente brasileiro colocou o país à disposição para sediar “quantas reuniões forem necessárias” entre as partes envolvidas. A Venezuela é membro do Mercosul, mas está suspensa.
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O comandante-geral da Guarda Nacional Bolivariana (GNB), Elio Estrada Paredes, manifestou a sua posição sobre o anúncio de Washington e garantiu que está comprometido com a nação venezuelana. “Como dignos herdeiros de (O Libertador, Simón) Bolívar, estabelecemos a nossa posição (…) Estamos comprometidos com a nossa causa e seguiremos em frente. Não se engane! Viva a Venezuela!”, disse.
Com agências Brasil e Xinhua
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