Pesquisa sobre divulgações de ações climáticas realizada pela consultoria KPMG revela que 72% dos consumidores querem reduzir seu impacto ambiental, mas podem estar sendo ludibriados pelas empresas: 40% das divulgações ecológicas europeias foram consideradas completamente sem fundamento.
Na publicação The Challenge of Greenwashing, são destacados os perigos relacionados a declarações climáticas não fundamentadas, possibilitando a ocorrência de riscos legais e outros relacionados à compliance e à reputação das empresas.
“A falta de integração entre as práticas, sistemas de gestão eficientes e comunicação interna e externa gerou a tempestade perfeita, culminando em empresas fazendo declarações nem sempre apoiada por evidências: o chamado greenwashing”, adverte a KPMG.
De acordo com o levantamento, 69% dos CEOs (executivos líderes) se adaptaram à linguagem e terminologia relacionada a assuntos climáticos; 66% dos CEOs admitem que não estão preparados para o escrutínio dos parceiros (stakeholders); e o percentual de riscos relacionados à comunicação enganosa sobre dados climáticos é de 19% na indústria de óleo e gás, 15% no setor de bancos e serviços financeiros e 10% no de viagens e linhas aéreas.
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“Nos últimos anos, consumidores, investidores, legisladores e o público geral passaram a exigir cada vez mais que as corporações tenham compromisso com a sustentabilidade, levando empresas a adotarem princípios alinhados com um desenvolvimento sustentável e a realizarem frequentes divulgações de suas práticas, especialmente em relação à mudanças climáticas”, explica a KPMG.
“A corrida para alcançar o net zero e reduzir emissões que causam o efeito estufa faz com que comunicar sobre isso se torne um tema com grande visibilidade, com todos os revezes que caminham junto a essa comunicação”, prossegue a consultoria.