O tema finanças descentralizadas foi inserido no Portal da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). A página concentra todo o material já produzido sobre o assunto pela associação. Por lá estão disponíveis estudos, vídeos, documentos, entrevistas, entre outros.
A maior parte deste material foi produzida ao longo deste ano em um projeto sob coordenação do Grupo Consultivo de Inovação, que faz parte do planejamento estratégico de 2022 da Anbima. O objetivo foi produzir e disseminar conhecimento sobre finanças descentralizadas, gerando insumos para construção de uma agenda institucional de atuação sobre o tema. Esse trabalho começou com o mapeamento de tendências e impactos sobre a indústria e se aprofundou em temas transversais, como tokenização, o ecossistema cripto e novos produtos financeiros.
Os estudos produzidos estão disponíveis na página em formato de videoaulas apresentados pelos consultores. Eles se aprofundam em dois temas: Tokenização de títulos e valores mobiliários e Ecossistema cripto e novos produtos financeiros. O material pode ser acessado em https://www.anbima.com.br/pt_br/especial/financas-descentralizadas.htm.
O estudo sobre Tokenização de títulos e valores mobiliários, ou seja, a transformação de ativos “físicos” em ativos digitais, partiu da avaliação de projetos de tokenização em todo o mundo e de discussões com especialistas do mercado brasileiro. Segundo Ricardo Heidel, sócio da Accenture que conduziu os trabalhos, os projetos de tokenização precisam resolver alguma ineficiência específica do sistema tradicional para conseguirem apoio do mercado e do regulador. “Para ser bem-sucedido, o projeto deve atacar dores reais e não focar apenas em substituir tecnologias”, explica. Com isso em mente, foram identificadas oportunidades para diversos ativos do mercado brasileiro. Para FIDCs, CCBs e cotas de fundos fechados, por exemplo, a tokenização ampliaria o acesso e viabilizaria um mercado secundário.
Já o trabalho sobre o Ecossistema cripto e novos produtos financeiros, apresentado por Courtnay Guimarães, da Avanade, mostrou que 295 milhões de pessoas ao redor do mundo detêm cerca de US$ 900 bilhões em criptoativos. Para desenvolvimento deste mercado, a indefinição regulatória foi considerada o principal ponto de preocupação. No Brasil, as discussões do Projeto de Lei 4401, em tramitação no Congresso, devem trazer avanços, mas há baixa previsibilidade sobre os desdobramentos futuros.
Além dos estudos, também é possível rever lives e workshops, baixar os estudos em PDF e conferir o nosso mapa do ecossistema cripto brasileiro.