Na primeira quinzena de março, o etanol apresentou leve queda de 0,22% em seu preço médio nacional na comparação com o mesmo período de fevereiro. O litro do combustível foi vendido, em média, a R$ 4,50 nos postos de abastecimento de todo o Brasil. A gasolina, por sua vez, foi encontrada com o preço médio de R$ 6,49, estável em relação à primeira quinzena de fevereiro. Os dados são da última análise do Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL).
Mesmo com a estabilização dos preços do combustíveis a nível nacional, a gasolina e o etanol tiveram aumentos em boa parte das regiões do país no período, principalmente na Região Norte, que, novamente, apresentou os maiores preços médios entre regiões registrados no período, de R$ 6,97 (alta de 0,43% ante igual período de fevereiro) para a gasolina e de R$ 5,23 para o etanol (alta de 1,75% na mesma comparação, a maior entre as regiões para o biocombustível no período).
Já a região com os preços médios mais em conta para os dois combustíveis nesta primeira quinzena de março foi o Sudeste, com médias de R$ 6,32 para a gasolina (mesmo valor do período equivalente de fevereiro) e R$ 4,40 para o etanol (queda de 0,23%, a única para o biocombustível nos recortes regionais).
A Região Sul registrou o maior aumento para a gasolina: de 0,47%, chegando ao preço médio de R$ 6,46. O Centro-Oeste foi a única região a apresentar queda para o combustível: de 0,15%, com preço médio de R$ 6,55.
Considerando as médias por estados, a maior alta para a gasolina foi verificada no Amazonas, onde o combustível chegou a R$ 7,31 após aumento de 2,81%. Já o estado com maior redução no preço médio da gasolina foi o Rio Grande do Norte, onde o combustível foi comercializado em média por R$ 6,70, após queda de 1,18%.
A gasolina com o preço médio mais em conta para o bolso do consumidor nesta primeira quinzena de março foi a do Rio de Janeiro, com preço médio de R$ 6,26, mesmo com o estado registrando alta de 0,32%. A gasolina com o maior preço médio do país foi registrada, novamente, no Acre: de R$ 7,64, após aumento de 1,46%.
O Amazonas também apresentou a maior alta do país para o etanol, de 7,45%, alcançando o preço médio de R$ 5,48, o maior do Brasil no período entre estados.
São Paulo foi o estado com o etanol mais barato: R$ 4,29, mesmo após alta de 0,47%, de acordo com o IPTL.
A possível elevação do percentual de etanol anidro na gasolina para 30% (E30), que já está sendo testada pela indústria automotiva, representa uma oportunidade significativa para o setor de biocombustíveis no Brasil. Segundo o relatório de fevereiro da Bioind MT, caso essa mudança for implementada no início da safra 2025/26, a demanda adicional por etanol anidro poderá alcançar 2,06 milhões de m³, um crescimento de 16,2% em relação ao volume projetado para 2024/25.
A adoção do E30 depende da conclusão dos testes de viabilidade técnica, prevista para março, e da avaliação do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Caso aprovado, o novo percentual poderá ampliar o papel do etanol de milho, que já representa parte significativa da produção nacional.
Atualmente, com a mistura obrigatória em 27%, a demanda total por etanol anidro no Brasil é estimada em 12,7 milhões de m³. Com a nova política, esse volume poderá atingir 14,76 milhões de m³ em 2025/26. No Mato Grosso, estado líder na produção de etanol de milho, o impacto será ainda mais expressivo, com estimativa de aumento de 445,95 mil m³ na demanda desse biocombustível.
Leia também:
Questões políticas e econômicas impactaram altos rendimentos
Pesquisa sobre remuneração ouve dois mil executivos da AL
Reforma tributária trará situação nova ao Brasil
Haddad: novo sistema a partir de 1º de janeiro de 2026
AGU acusa Meta de enriquecer com anúncios fraudulentos que usam imagens do governo em suas redes
Ação pede ainda que seja coibido o uso indevido de símbolos e marcas do governo
Demanda dos consumidores por crédito cresce 12,2% em fevereiro, puxada por brasileiros de menor renda
Consumidores que recebem um salário mínimo foram os que mais demandaram por recursos financeiros
IAV-IDV projeta aumento de vendas nominais do comércio varejista de abril a junho
Previsão de crescimento é de 5,4% em abril, 5,2% em maio e 4,2% em junho
Aprendizagem na educação básica ainda não retomou níveis pré-pandemia
Estudo analisou desempenho de alunos em Matemática e Português