EUA anunciam doar 3 milhões de vacinas ao Brasil

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Tubo de vacina (Foto: Heidi Marasigan/Sxc.Hu)
Tubo de vacina (Foto: Heidi Marasigan/Sxc.Hu)

O Brasil receberá a maior doação direta de vacinas contra a Covid-19 já anunciada pelos EUA. Para a Amcham Brasil, a medida é valiosa e chega em um momento crucial para reforçar o combate à pandemia no país.

Segundo a Casa Branca, as 3 milhões de doses destinadas ao Brasil são do imunizante Janssen, produzido pela farmacêutica Johnson & Johnson, empresa associada à Amcham Brasil. O carregamento partirá de Fort Lauderdale, na Flórida, na noite de hoje, com destino ao aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP). O imunizante Janssen é de dose única e está aprovado pela Anvisa para uso emergencial.

Desde o início da pandemia, a Amcham Brasil tem dialogado com autoridades do Brasil e dos EUA no sentido de expandir a cooperação bilateral no combate à Covid-19. Ênfase especial tem sido conferida à importância das vacinas como medida sistemática para conter o avanço da doença no país. A posição oficial da Amcham pode ser acessada na Agenda Brasil-EUA 2021.

No Twitter, o embaixador dos EUA no Brasil, Todd Chapman comemorou ontem a doação das vacinas: “Os EUA estão ao lado do Brasil desde o primeiro dia da pandemia. As vacinas que vão chegar mostram, mais uma vez, a importância da nossa parceria. #EstamosJuntosNessa”, escreveu em sua conta @EmbaixadaEUA.

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A doação se soma às quantidades anunciadas recentemente pelos EUA de distribuir 20 milhões de doses de vacinas a países da América Latina e Caribe, incluindo o Brasil, por meio do mecanismo Covax Facility, programa de compartilhamento de vacinas contra a Covid-19 coordenado pela Organização Mundial da Saúde.

Ontem, o FDA informou que planeja adicionar rapidamente um alerta sobre casos raros de inflamação cardíaca em adolescentes e adultos jovens às fichas técnicas das vacinas da Pfizer/BioNTech e da Moderna contra a Covid-19.

Grupos de aconselhamento do Centro de Controle e Prevenção de Doenças do EUA (CDC), reunidos para discutir relatos de casos sobre problemas no coração após a vacinação, apontaram que casos raros de miocardite em adolescentes e jovens adultos provavelmente estão ligados a inoculações com as vacinas da Pfizer/BioNTech e da Moderna.

Reguladores de saúde em vários países têm investigado se as vacinas da Pfizer/BioNTech e da Moderna, que usam a tecnologia de RNA mensageiro, apresentam risco e, em caso afirmativo, qual a gravidade.

O Grupo de Trabalho Técnico de Segurança de Vacinas contra Covid-19 (VaST) dos EUA disse, em seu relatório, que o risco de miocardite ou pericardite após a inoculação com vacinas baseadas em RNA mensageiro em adolescentes e jovens adultos é notavelmente mais alta após a segunda dose, e em homens.

Em outro relatório, o CDC informou que os pacientes com miocardite pós-vacinação geralmente se recuperam e ficam bem.

O Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, juntamente com os principais grupos de médicos e autoridades de saúde pública do país, divulgou nota destacando que as vacinas são seguras e eficazes e que o efeito colateral no coração é “extremamente raro”. Médicos e hospitais foram alertados pelo CDC para observar os sintomas de miocardite ou pericardite, e o alerta da FDA aumentará ainda mais esse cuidado.

O CDC investiga casos de miocardite, sobretudo em homens jovens, há vários meses. No início deste mês, o Ministério da Saúde de Israel disse que viu uma ligação possível entre esses casos e a vacina da Pfizer. Também no início deste mês, o CDC informou que ainda está avaliando o risco e não confirmou uma relação causal entre as vacinas e a doença cardíaca, mas a agência disse que um número de homens jovens maior do que o esperado teve miocardite após a segunda dose de vacinas de RNA mensageiro, e que mais da metade dos casos relatados ocorreram em pessoas de 12 a 24 anos.

 

Com informações da Agência Brasil, citando a Reuters

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