EUA: democratas exigem mais rigor em controle de armas

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Os democratas norte-americanos pretendem exigir a votação de um Projeto de Lei que proíba a compra de armas e explosivos por indivíduos incluídos na lista de suspeitos de terrorismo, declarou o líder do Partido Democrata no Senado, Harry Reid.
“Temos a intenção de acelerar a votação sobre o tema, não há nenhuma desculpa para que os supostos terroristas possam comprar armas”, disse Reid, citado pelo jornal local “Washington Examiner”.
Em discurso no Senado, Reid criticou os republicanos por não apoiarem o Projeto de Lei sobre o controle de armas defendido pelos democratas durante vários anos.
Se a norma tivesse sido aprovada, segundo os democratas, teria sido possível evitar a tragédia em Orlando.
Um dos usuários do Twitter, Igor Volsky, membro do Center for American Progress Action, acusou recentemente de hipocrisia alguns membros do Senado que manifestaram condolências pelo atentado.
Volsky comentou várias publicações, acusando os senadores de terem usado em suas campanhas eleitorais dinheiro da Associação Nacional de Rifles da América (NRA, a sigla em inglês) e agora lamentar o atentado em Orlando.

Trump propõe banir entrada de muçulmanos nos EUA; Hillary se opõe
O massacre de Orlando mudou o tom da campanha presidencial e trouxe temas como o acesso a armas e políticas de imigração para o centro dos debates entre os candidatos que disputam uma vaga dentro de seus partidos para concorrerem às eleições presidenciais.
O candidato do Partido Republicano Donald Trump propôs então o fim temporário da imigração de muçulmanos para os EUA. Já a democrata Hillary Clinton, adotou discurso de diálogo com os imigrantes e com a comunidade muçulmana para evitar ataques terroristas no futuro.
Em discurso ontem, no Estado de Novo Hampshire, Trump insinuou que o presidente Barack Obama não adota medidas para derrotar quem planeja atacar alvos nos EUA. Disse ainda que a atual política migratória dos EUA é “disfuncional” e “administrativamente incompetente”. Ele também criticou a candidata democrata Hillary Clinton por se recusar a chamar os radicais muçulmanos de “terroristas”.
Ao defender que a imigração de muçulmanos seja proibida temporariamente, Trump disse que se referia a “áreas do mundo onde há um histórico comprovado de terrorismo contra os EUA, Europa e outros aliados.” Já Hillary disse, em declarações à imprensa na cidade de Cleveland, Ohio, que em vez de proibir a entrada de muçulmanos, a melhor política é buscar o diálogo com a comunidade.
Ela lembrou que “milhões de pessoas que professam a religião muçulmana vivem pacificamente nos EUA” e considera injusto condenar todos os muçulmanos que vivem nos EUA por causa de uma pessoa. Hillary sugere que é importante fortalecer o contato com a grande maioria de muçulmanos que vive no país, em vez de isolar a comunidade.

Proposta contraproducente – O secretário de Segurança Interna dos EUA, Jeh Johnson, criticou a proposta de Trump. Em entrevista à rede de televisão ABC, Johnson disse que negar aos muçulmanos o direito de entrar nos EUA seria uma medida “contraproducente” e que “não iria funcionar”.
Segundo ele, o momento é de “construir pontes” com as comunidades americanas muçulmanas para discutir as razões que levaram um seguidor da religião muçulmana a atirar em pessoas da comunidade LGBT que frequentavam o clube noturno da Flórida.
De acordo com o secretário, banir a entrada de muçulmanos não é apenas uma “solução simplista”, como irreal porque significa proibir a imigração de pessoas de toda uma região do mundo. “Precisamos construir pontes com as comunidades muçulmanas nos EUA agora, para incentivá-los, inclusive, a nos ajudar nos nossos esforços de segurança interna”, disse Johnson.

Com informações da Agência Brasil, com informações da Sputnik

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