Divulgado hoje pelo Departamento do Trabalho americano, o índice de preços ao consumidor (CPI, por sua sigla em inglês) nos EUA caiu 0,1% em junho ante maio, após ter ficado estável um mês antes, segundo dados com ajuste sazonal. Em 12 meses, a inflação desacelerou de 3,3% para 3,0%.
O núcleo de inflação que exclui as variações dos preços de alimentos e energia, ficou em 3,3% na medição anual, o menor aumento de 12 meses nesse índice desde abril de 2021.
“A divulgação do CPI de junho embasa a percepção de retração da economia norte americana. Contra as projeções que anteviam avanço de 0,1% no mês, o resultado vem em -0,06%, e atinge a casa de 2,97% na análise ano contra ano, saindo dos 3,27% observados em maio. O comportamento da inflação subjacente também traz boas notícias, mostrando crescimento de 0,06%, inferior ao consenso de 0,2% no mês. O destaque se da pela retração do núcleo de serviços, maior componente do indicador. O resultado é puxado pela queda nos preços de habitação, que recuam para 5,16% na análise ano contra, ante aos 5,41% vistos em maio. Ao mesmo tempo, vemos mais deflação nos bens essenciais, que revelam queda de -0,4% nos preços em relação ao ano passado. O resultado corrobora para o diagnóstico de desaceleração da atividade, e meio às necessidades do Banco Central americano em acompanhar cautelosamente a evolução dos dados econômicos, transmite maior segurança sobre a ideia de que o aperto monetário, em sua atual atual magnitude, aparenta ser suficiente para retirar os excessos da economia. O alívio já pode ser visto na curva de juros, que mostra achatamento depois da divulgação do dado”, avalia o economista José Alfaix, da Rio Bravo.
Já para Jefferson Laatus, chefe-estrategista do grupo Laatus, “o CPI de hoje surpreendeu positivamente pensando a nível de corte de juros, veio negativo menos 0,1% o de maio e a expectativa era 0.1 positivo e isso é excelente. Já o anual veio 3% abaixo do que é esperado e o mensal, o núcleo que exclui itens voláteis também mostrou desaceleração e isso fez com que a curva de juros americanos acelerasse em Bolsas ganhassem fôlego. O DXY, o dólar caiu forte frente a moedas do mundo inteiro. E esse cenário só corrobora para corte de juros em setembro, e isso anima bastante o mercado e para ajudar ainda saiu junto pedido em seguro desemprego que vieram 222 lembrando que semana passada veio 236 então também teve uma desaceleração, são dados que de certa forma animam o mercado e provocam novos ralis lá fora, provoca alta da Bolsa aqui e provoca uma desaceleração do dólar, então é positivo mas no contexto geral esses dados mostram que tudo indica que os EUA já está no momento para poder ter corte de juros e isso com certeza vai aumentar a confiança dos Fed boys. Lembrando que hoje tem alguns membros do Banco Central americano que vão falar e já vão falar com todos esses dados em mão principalmente o CPI. Um detalhe também é que o item de shelter (housing, item de maior peso no CPI) veio 0,2%, quando o esperado 0,4%.”
E segundo Volnei Eyng, CEO da gestora Multiplike, foi uma “ótima notícia para o investidor”
“precisamos lembrar que o centro da meta da inflação nos EUA é 2% e o acumulado lá de 12 meses ainda está em 3%. Sempre que o BC americano tem colocado pela fala dos diretores para olhar no macro, que no macro com certeza vem diminuindo os dados, mas que é preciso olhar mais amplamente. Embora o mercado deve aumentar as previsões hoje para uma queda do juros no mês de setembro, eu ainda estou acreditando que a queda vai acontecer só em dezembro. Até porque um outro dado importante é a geração de emprego nos EUA que ainda está bastante aquecida. E penso que enquanto estiver acima do centro da meta da inflação de 2% para 3%, ou distante ainda, não penso que deve ocorrer em setembro. Mas, independente disso, o que já fica para o investidor é que há uma sinalização de baixa de juros que deve ocorrer esse ano ainda e mostra uma política monetária menos conservadora ao fim desse ano.”
Com informações da Info Money
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