Os pedidos de auxílio-desemprego nos EUA atingiram um total de 229 mil na semana passada, o mesmo número da semana anterior, mas 7 mil a mais do que na mesma semana em 2024, de acordo com dados publicados na quinta-feira pelo Departamento do Trabalho.
Os beneficiários totalizaram 1,881 milhão na semana que terminou em 3 de maio, o que equivale a um aumento no número de beneficiários de 9 mil pessoas, em comparação com 1,872 milhão na semana anterior. No mesmo período em 2024, os beneficiários do seguro-desemprego eram de 1,79 milhão.
As taxas mais altas de desemprego segurado na semana encerrada em 26 de abril foram registradas em Nova Jérsei (2,4%), Califórnia (2,2%), Estado de Washington (2,1%), Rhode Island (2%), Washington, capital (1,8%), Massachusetts (1,8%), Illinois (1,7%), Nova Iorque (1,7%), Minnesota (1,6%), Nevada (1,6%), Oregon (1,6%) e Porto Rico (1,6%).
Os maiores aumentos nos pedidos iniciais de auxílio-desemprego na semana encerrada em 3 de maio foram registrados em Michigan (6.869), Califórnia (1.187), Maryland (1.073), Texas (930) e Flórida (584), enquanto as maiores quedas ocorreram em Nova Iorque (-15.228), Massachusetts (-3.993), Nova Jérsei (-3.243), Carolina do Sul (-1.049) e Connecticut (-895).
“A queda nos pedidos de auxílio-desemprego para 228 mil surpreende positivamente e reforça a tese de que o mercado de trabalho americano ainda não cedeu à pressão dos juros altos. Mesmo com um cenário externo carregado de incertezas, o dado mostra uma economia que segue girando, sustentada por empresas que resistem em cortar mão de obra após anos de escassez. Isso dá fôlego ao consumo, mas também reduz a urgência por cortes de juros, o que mantém o dólar em patamar elevado”, avalia Jorge Kotz, CEO do Grupo X.
Já para Volnei Eyng, CEO da gestora Multiplike, “os pedidos de seguro-desemprego nos EUA vieram em 228 mil, um pouco abaixo do esperado. Isso mostra que o mercado de trabalho americano continua forte, mesmo com os juros altos. Ontem, o Fed disse estar atento a uma possível piora no emprego, então esse dado de hoje ajuda a aliviar essa preocupação. Para os investidores que estão nos EUA, o número reforça a confiança na economia e pode aumentar o apetite por ações, principalmente nas grandes empresas de tecnologia. Mas também reduz a chance de o Fed cortar juros logo, o que deve manter o dólar valorizado.”
“Aqui no Brasil, um dólar mais forte encarece importações, mas vamos ver como se comporta. Consideramos que estamos com uma alta taxa de juros, o que nos distancia da taxa de juros americanas, tornando os prêmios por aqui atrativos aos investidores”, diz.
Matéria atualizada às 11h20 com comentários de analistas
Europa Press
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