Os pedidos de seguro-desemprego nos EUA siomaram 220 mil na semana encerrada em 14 de dezembro, de acordo com dados do Departamento de Trabalho (DoJ) do país, divulgados hoje.
A média móvel de quatro semanas de novas solicitações teve um aumento de 1,25 mil solicitações sobre a semana anterior, para 225,5 mil pedidos.
“A queda nos pedidos iniciais de seguro-desemprego nos EUA sinaliza um mercado de trabalho ainda resiliente, mesmo em um cenário de ajustes econômicos. Esse dado reflete um arrefecimento gradual, mas controlado, das condições, o que dá suporte à manutenção do consumo interno, fundamental para a maior economia do mundo. Para o Brasil, um mercado de trabalho americano estável gera impactos positivos, especialmente para empresas exportadoras e aquelas que possuem relação direta com cadeias globais de suprimentos. Além disso, a confiança do investidor pode aumentar, ampliando os fluxos de capital para mercados emergentes e abrindo oportunidades para os negócios brasileiros no exterior”, avalia João Kepler, CEO da Equity Fund Group.
Já para Volnei Eyng, CEO da gestora Multiplike, “dados divulgados hoje indicam que os pedidos iniciais de seguro-desemprego nos EUA totalizaram 220 mil na semana encerrada em 14 de dezembro de 2024, abaixo da projeção de 229 mil e do número revisado da semana anterior, que foi de 242 mil. Essa redução sugere que o mercado de trabalho americano mantém sua resiliência, apesar das pressões inflacionárias e das políticas monetárias restritivas implementadas pelo Federal Reserve. Para o mercado financeiro, números abaixo do esperado podem ser interpretados como um sinal positivo, indicando estabilidade econômica e potencial para crescimento. Do ponto de vista do Federal Reserve, um mercado de trabalho robusto pode influenciar a continuidade ou ajustes nas políticas de taxa de juros, visando equilibrar o controle da inflação com o suporte ao crescimento econômico. Além disso, o emprego é um motor essencial para o consumo nos EUA; portanto, a manutenção ou redução nos pedidos de seguro-desemprego pode favorecer o crescimento econômico no médio prazo”.
E na avaliação de Jefferson Laatus, chefe-estrategista do Grupo Laatus, “os números abaixo do esperado nos pedidos iniciais de seguro-desemprego mostram que o mercado de trabalho americano continua resiliente, mesmo diante de um cenário de ajustes econômicos. Esse indicador é crucial para investidores, pois demonstra que a economia dos EUA segue em um processo de desaceleração controlada, afastando o risco de uma recessão mais severa. Para quem investe no mercado americano, essa solidez no emprego sustenta o consumo interno, favorecendo o desempenho de empresas e proporcionando um ambiente mais favorável para alocação de recursos. O próximo passo será acompanhar como esses dados influenciarão as próximas decisões do Federal Reserve”.