A recuperação econômica dos EUA depende altamente da vacinação generalizada, pois as infecções pela Covid-19 seguem aumentando drasticamente em todo o país há meses, afirmou na terça-feira o presidente do Fed de Boston, Eric Rosengren.
“No geral, os recentes indicadores sugerem problemas de curto prazo derivados do alto nível de infecções e as persistentes preocupações com a saúde pública. Claramente, a recuperação a curto prazo é extremamente dependente de um processo de vacinação rápido e generalizado”, disse.
“Infelizmente, até o momento, a taxa de vacinação tem sido decepcionante, o que provavelmente terá um impacto na saúde pública e na economia a curto prazo”, disse Rosengren em evento virtual organizado pela Câmara do Comércio da Grande Boston.
Eric Rosengren assinalou que o caminho para estabilizar a economia depende em primeiro lugar de ter o vírus sob controle, e sem uma política de saúde pública eficaz, a doença continuará sendo a principal fonte de desafios financeiros.
Enquanto a economia dos EUA, na melhor das hipóteses, “continuar crescendo moderadamente até que haja uma vacinação generalizada”, na segunda metade do ano provavelmente haverá uma maior recuperação econômica com o apoio fiscal e monetário substancial, previu.
“Também espero que as taxas de juros de curto prazo próximas a zero sejam eficientes ao longo deste ano, e que o Federal Reserve continue comprando ativos a longo prazo até que a economia tenha uma base econômica mais forte”, disse.
No mês passado, o Fed decidiu manter sua taxa de juros de referência inalterada em seu nível mais baixo, de quase zero, enquanto espera que as taxas permaneçam assim pelo menos até 2023.
O Banco Central também se comprometeu a continuar seu programa de compra de ativos pelo menos ao ritmo atual de US$ 120 bilhões por mês até que haja “um maior progresso substancial” em termos de emprego e inflação.
A partir do dia 26, a entrada nos EUA só será permitida a passageiros que apresentem um teste de Covid-19 negativo, anunciaram as autoridades. De acordo com o Centro para o Controle de Doenças (CDC, na sigla em inglês), o teste só será aceito se tiver sido realizado nos três dias anteriores à partida do voo para os EUA.
As companhias aéreas serão obrigadas a impedir o embarque de passageiros que não possuam teste negativo ou, em alternativa, prova de que tenham se recuperado de uma infeção do novo coronavírus.
Em comunicado divulgado pelo CDC, o diretor do Centro, Robert R. Redfield, admite que os testes “não eliminam todos os riscos” de propagação do vírus, mas “quando combinados com um período de isolamento e precauções cotidianas, como o uso de máscaras e distanciamento social, podem tornar as viagens mais seguras, saudáveis e responsáveis, contendo a propagação nos aviões, aeroportos e locais de destino”.
A determinação do CDC vem na sequência de medidas anteriores para passageiros provenientes do Reino Unido, depois de ter sido detectada no país uma nova estirpe de Covid-19, mais infecciosa do que a conhecida.
Até hoje, os EUA registravam mais de 22 milhões de casos de Covid-19 e um total de mais de 375 mil mortes.
A pandemia provocou, pelo menos, 1.945.437 mortes resultantes de mais de 90,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo balanço da AFP.
Com informações da Xinhua e da Agência Brasil, citando a RTP
Leia mais:
Pedido de impeachment de Trump pode atrasar ações do Governo Biden