EUA: recuperação no início de 2002

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A recessão da economia norte-americana, iniciada após os atentados do dia 11 de setembro em Nova York e Washington, deverá ser leve e a recuperação deverá se iniciar no início do próximo ano, conforme os prognósticos de David Wyss, economista-chefe da Standard & Poor”s. “Os ataques ocorridos no mês passado tornaram a possibilidade de recessão em realidade, mas sua duração ou profundidade dependerá de muitos fatores, incluindo o retorno da confiança dos consumidores para reiniciar seus gastos, o que é essencial para a recuperação econômica”. Para o economista “os preços do petróleo poderão subir fortemente se houver grandes interrupções na produção ou se a confiança dos consumidores novamente for prejudicada por atos terroristas”. Porém, sua maior preocupação é com a deflação do que com a inflação, e também a queda nos preços das commodities, entre outros fatores. Além disso, espera que a elevação nos preços de energia se reverta em outubro e que a taxa de desemprego suba para 6,5%, pressionando os salários. Isso levará o Federal Reserve a se concentrar na recessão e a continuar com o processo de corte nas taxas de juros. Wyss espera que o Fed reduza as taxas de juros norte-americanas novamente, quando se reunir no dia 6 de novembro, com baixa de 2,50% para 2,00%. E os esforços do governo na luta contra o terrorismo e pela reconstrução da cidade de Nova York também estimularão a economia, apesar “de os custos da guerra contra o terrorismo prejudicarem temporariamente o crescimento da produtividade, estabelecerão tendências mais fortes que retornarão no longo prazo”

Kodak eliminará 4 mil empregos
A Eastman Kodak Co. vai eliminar cerca de 4 mil empregos, ou 5,1% de sua força de trabalho, ante a queda das vendas de filmes fotográficos, que já dura um ano. Em abril, a empresa anunciou a dispensa de 3.500 funcionários. O aumento dessa quantidade, no entanto, foi conseqüência do fraco desempenho no terceiro trimestre, quando foi registrada queda de 77% no lucro. A Kodak não especificou em que áreas eliminará os postos de trabalho.

Enquanto isso, na Alemanha
O grupo germano/norte-americano DaimlerChrysler contratou 2.700 pessoas e aumentou o seu quadro de funcionários para 190.000 trabalhadores. Esse aumento na oferta de emprego na Alemanha é reflexo do efeito positivo das mudanças no sistema de produção da Mercedes-Benz e o aumento da flexibilidade nas fábricas do grupo, além da boa aceitação das marcas Mercedes-Benz e Smart. A nível mundial, no entanto, o grupo DaimlerChrysler empregou 61.696 pessoas a menos, registrando total de 378.591 trabalhadores, devido a queda dos negócios nos EUA.

Reguladores impedem aquisição
A Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos concordou em bloquear quaisquer conversações da Diageo com a Pernod-Ricard, depois de rejeitarem a oferta conjunta pelos negócios da Seagram. A comissão vetou a venda de uma unidade da Seagram por US$ 8,15 bilhões, por considerar a possibilidade de redução na competição no mercado norte-americano de rum. A comissão teme que o grupo britânico Diageo, o terceiro maior vendedor de rum nos Estados Unidos, criasse um duopólio com a líder da indústria, a Bacardi, caso fosse permitida a compra da Seagram, que é a segunda maior vendedora de rum no país. Essa decisão é contrária a da União Européia, que aprovou a compra da Seagram em maio.

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