Enquanto a britânica BBC dá sequência ao maior projeto de expansão de seu Serviço Mundial desde a década de 1940, o Governo Temer vai matando de inanição a EBC – Empresa Brasileira de Comunicação. Moreira Franco – que ganhou status de ministro para ter foro privilegiado e escapar de um passeio a Curitiba – pretende acabar com a TV Brasil, demitindo de uma só tacada 1,5 mil funcionários. Vindo de onde vem, o plano é mais um entre as ações para desmontar o Estado e gerar dinheiro para o setor privado. Mas quem plantou esta ideia tem interesses mais estratégicos. Pretende retirar o Brasil de qualquer disputa pela circulação de informações no mundo, deixando espaço livre para os grandes meios de comunicação dominados pelas potências ocidentais.
O Serviço Mundial da BBC transmite conteúdo jornalístico ao redor do mundo em 29 línguas, para 246 de milhões de pessoas semanalmente. Agora adicionará 11, verdadeiros dialetos como marathi (Índia) e iorubá (Nigéria, Benim, Togo e Serra Leoa). A expansão consumirá 289 milhões de libras (R$ 1,17 bilhão) recebidos com esse fim em financiamento do governo britânico. A agência chinesa Xinhua transmite noticiário em sete línguas, tem mais de 100 escritórios em 140 países e dezenas de milhares de funcionários. Tal qual a BBC, é uma ferramenta para expandir a presença de seu país – parte do soft power.
A Agência Brasil, da EBC, tem notícias em duas línguas (espanhol e inglês) além do português e não teve nem orçamento para enviar um representante ao importante Fórum de Mídia do Brics, realizado em junho na China.
Perdas
A saída da Petrobras do mercado de etanol ajuda a explicar a queda na participação da empresa na venda de combustíveis. O álcool compensa a redução no consumo de gasolina. Em 2015 foram vendidos 17,9 bilhões de litros de etanol.
Também o abandono do biodiesel sofre críticas. Além dos benefícios ecológicos, gera emprego e renda, permitindo desenvolver a agricultura familiar. O consumo deste combustível atingiu 4 bilhões de litros em 2016.
Informalidade ilegal
Muitos analistas citaram como exemplo do aumento de emprego informal o crescente número de motoristas de Uber. Informal no Brasil. Em outros países, tidos como muito mais liberais na legislação trabalhista que o nosso, os trabalhadores que dirigem para a empresa têm tido alguns direitos reconhecidos.
Nos EUA, tribunais estaduais apoiaram o pleito dos empregados, que poderão receber horas extras e ter garantido um salário mínimo. No Reino Unido, o Uber foi condenado a garantir férias, remuneração e outros benefícios a alguns motoristas. A empresa recorreu e este mês deverá haver audiência na justiça para ouvir ambos os lados, mas as chances da companhia não são grandes.
No mundo, ganha corpo a tese de que não há informalidade, e sim ilegalidade.
Acordo no comércio
O SindilojasRio e o Sindicato dos Comerciários assinaram nesta sexta-feira a Convenção Coletiva de Reajuste Salarial dos empregados cariocas. O reajuste concedido é de 4%. A diferença salarial, retroativa a maio de 2017, deverá ser paga até outubro.
O piso único será de R$ 1.150; garantia do comissionista de R$ 1.265; ajuda de custo de R$ 27; quebra de caixa de R$ 52; lanche aos sábados, domingos e feriados no valor de R$ 18; e auxílio-creche de R$ 190 (empresas com até 50 empregados) e R$ 210 (mais de 50 empregados).
Rápidas
O Magazine Luiza abriu inscrições para seu processo de seleção de Trainee de 2018. Inglês intermediário é um requisito. Inscrições até 22 de setembro pelo link: http://www.99jobs.com/magazine-luiza/jobs/11148-programa-trainee- *** A biofarmacêutica global Bristol-Myers Squibb anuncia a contratação de Bruno Macedo como Diretor Financeiro no Brasil *** O Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV vai realizar o Terceiro Seminário de Análise Conjuntural de 2017, dia 11 próximo, no Rio. Inscrições: http://portalibre.fgv.br *** Questões atuais sobre a recuperação judicial de empresas e as propostas da Fiesp para aperfeiçoamento da Lei 11.101/2005 estarão em debate nesta segunda-feira, das 8h30 às 13h30, na sede da avenida Paulista, 15º andar *** Nei Lopes, mais conhecido como sambista e compositor, é um estudioso das questões afro-brasileiras, autor de duas enciclopédias, romances, poesias. Agora, lançará o livro de contos Nas Águas desta Baía Há Muito Tempo – Contos da Guanabara (Record), com roda de samba, no dia 7 de setembro, a partir das 14 horas, na Livraria Folha Seca (rua do Ouvidor, 37, Centro, RJ).