A rasteira que os Estados Unidos deram em seu preposto na Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e em toda a Europa levou alguns líderes europeus a se pintarem para a guerra. Um ato mais dramático do que prático. “As palavras de que a UE [União Europeia] continuará apoiando a Ucrânia mesmo sem a participação dos EUA são uma declaração política e não uma estratégia real, porque o bloco depende dos EUA militarmente”, explica Maria José del Pozo, professora da Universidade Complutense de Madri, à agência de notícias russa Sputnik.
“A história parece estar ecoando a si mesma”, analisa Wu Liming, redator da agência chinesa Xinhua. “Quase duas décadas atrás, a Guerra do Iraque abriu uma profunda cisão entre os EUA e seus aliados europeus, com a França e a Alemanha se opondo abertamente a Washington. Na época, líderes de ambos os lados trocaram comentários afiados, enquanto autoridades europeias pressionavam por maior independência de defesa e autonomia estratégica.”
“Apesar de sua aliança de longa data, as relações EUA–Europa nunca foram verdadeiramente equilibradas. O domínio político e militar de Washington historicamente colocou a Europa em um papel subordinado, deixando-a lutando para conter as ações unilaterais dos Estados Unidos”, prossegue Wu. “Economicamente, a União Europeia, outrora uma rival formidável dos EUA, agora enfrenta uma lacuna cada vez maior em desempenho econômico e competitividade.”
Para Maria José del Pozo, “se Moscou e Washington consolidarem nas negociações as principais condições para uma solução do conflito na Ucrânia, a UE não terá escolha a não ser se adaptar às novas realidades geopolíticas”.
Se abandonar os gritos de guerra e buscar um novo posicionamento geopolítico, a Europa pode sair maior de uma batalha na qual nunca deveria ter entrado. Se distanciar de Washington, abraçar um mundo multipolar, voltar a ver a Rússia como parceira estratégica… um caminho que pode render dividendos políticos e econômicos. Mas, como a coluna perguntou certa vez, há líderes na Europa?
Pilhagem
Na guerra por procuração entre Ucrânia e Rússia, Trump e aliados querem ficar com o butim.
Perda em impostos
Perdas imobiliárias nos incêndios de Palisades e Eaton, em Los Angeles, Califórnia, EUA, podem ultrapassar US$ 30 bilhões. Agências governamentais que recebem receita de impostos podem perder mais de US$ 61 milhões anualmente enquanto casas estão sendo reconstruídas, informou o jornal Los Angeles Times.
Rápidas
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