Europa terá um estadista para resistir a Trump?

Trump eleva pressão para, no mínimo, obter concessões para os EUA, e Europa procura estadista para resistir

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Donald Trump
Donald Trump (Foto: Aaron Schwartz/ Agência Xinhua)

A agenda expansionista alardeada por Donald Trump nesses dias que antecedem sua posse na Presidência dos EUA, em 20 de janeiro, ajudam a manter a base interna mobilizada, ao mesmo tempo que ameaça países para obter vantagens para os Estados Unidos. Nesse barco também subiu a Meta, que quer contornar restrições que a levem a perder dinheiro, especialmente na Europa. Haverá estadistas europeus capazes de resistir à pressão norte-americana?

O panorama não é otimista para a Europa. Na Alemanha, o governo de Olaf Scholz está em final de linha; eleições antecipadas ocorrerão em fevereiro, após o primeiro-ministro perder voto de confiança no Parlamento. Mesmo antes de perder apoio, nem de longe lembrava a determinação de Angela Merkel.

Emmanuel Macron
Emmanuel Macron (foto de Mauro Bottaro)

Na França, o governo de Emmanuel Macron é minoria no Congresso e nomeou, ao final de 2024, o 4º primeiro-ministro do ano. Apesar de reagir a Trump, está sem força e não tem espírito de estadista capaz de liderar a Europa.

Os demais países da União Europeia não têm projeção individual e não parecem conseguir liderar o bloco. Fora da UE, o Reino Unido aparenta marchar com Trump. Lembrando que o trabalhista Tony Blair, quando primeiro-ministro, ficou conhecido como “poodle de George Bush”.

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Nessa toada, poucas esperanças de que apareça na Europa um estadista capaz de se opor a Trump. Friedrich Merz, líder do CDU e com chances de ser o próximo chanceler da Alemanha, ao menos disse que não se comprometerá com os gastos com defesa da Otan, a força de intervenção norte-americana em território europeu.

Como diria o Barão de Itararé, de onde menos se espera, daí é que não sai nada mesmo.

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Mercado imprensa governo britânico

Os custos de empréstimos britânicos subiram, nesta quarta-feira, para os níveis mais altos em décadas. O rendimento dos títulos britânicos de 30 anos subiu acima de 5,35%; para títulos de 10 anos, os juros alcançaram quase 4,8%, excedendo os níveis vistos desde 2022, quando o plano fiscal apresentado pelo governo, então conservador, desencadeou um declínio acentuado nos valores dos títulos e elevou os custos de empréstimos.

E o que, rapidamente, propuseram os analistas do mercado financeiro? Cortes de gastos, pressionando o governo britânico a desistir de expandir o orçamento e cumprir o seu equivalente calabouço fiscal. Muda o país, mas os desejos do mercado são os mesmos: impedir a distribuição do fundo público.

Rápidas

O Cineclube Rã Vermelha está com programação gratuita no Cine Arte UFF, em Niterói (RJ), sobre o cinema fantástico. Dia 17, às 19h, haverá exibição de Estranhos Caminhos (2023), de Guto Parente *** A 4ª edição do bailinho da Alphabeto e Gigantes da Lira acontecerá no Circo Voador em 16 de fevereiro *** A escultora Michele Rocha realizará encontros na exposição Deusas da Terra, no Espaço Cultural Correios Niterói. Nesta sexta, a conversa será sobre saúde mental com a psicóloga Rachel Freitas; no sábado, a artista visual Leila B. fala de moda. Sempre às 16h *** O Ibef Rio de Janeiro realizará treinamento online sobre “Finanças Sustentáveis para a Biodiversidade”, em 21, 22, 28 e 29 de janeiro, das 18h30 às 20h30. Detalhes aqui.

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