Estímulos nos EUA, ‘fator Lula’ e serviços no Brasil

393
Edson Fachin (Foto: Rovena Rosa/ABr)
Edson Fachin (foto de Rovena Rosa, ABr)

Na Europa, os mercados fecharam majoritariamente em alta, diante das perspectivas em torno do pacote fiscal em tramitação nos EUA. Internamente, a produção industrial alemã teve queda de 2,5% em janeiro, contra as expectativas de alta de 0,2%, refletindo os impactos dos lockdowns (confinamentos). Mas as perspectivas podem ter avanços após a flexibilização, devido ao processo de vacinação. Londres teve alta de 1,34%. Frankfurt teve avanço de 3,31%. Paris ganhou 2,08% e Milão teve alta de 3,12%. Na Península Ibérica, Madri e Lisboa tiveram avanços de 1,90% e 0,35%, respectivamente.

Wall Street teve movimento de rotação na tarde de ontem. As expectativas em torno da aprovação do pacote de estímulos na economia americana impactaram as ações de companhias de setores tradicionais. Assim, o Dow Jones teve alta de 0,97%, o S&P 500 perdeu 0,54% e o a Nasdaq teve queda de 2,41%.

No Brasil, o mercado operou em baixa devido ao avanço da Covid-19 e às medidas de restrição social. Ao fim do dia, houve aprofundamento da queda devido à decisão do ministro do STF, Edson Fachin, anulando o status de réu do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, tornando-o elegível em 2022. O Ibovespa teve queda de 3,98%, a 110.611,58 pontos.

Os mercados na Ásia tiveram comportamento misto, com os investidores observando os futuros de Nova Iorque, mas ponderando a possibilidade de retirada de estímulos na China. Tóquio teve alta de 0,99%. Seul teve perda de 0,67%. Hong Kong e Taiwan avançaram 0,81% e 0,21%, respectivamente. Na China continental, Xangai teve queda de 1,82% e Shenzhen teve retração de 2,84%.

Espaço Publicitáriocnseg

Hoje, os futuros nos EUA e as Bolsas europeias abrem o dia em alta com as perspectivas em torno do pacote de estímulos nos EUA e com a melhora das expectativas para o crescimento econômico da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), grupo formado por 38 dos principais países do mundo.

No Brasil, o mercado continuará digerindo a decisão de Fachin que torna o ex-presidente Lula elegível, antecipando os riscos relacionados às eleições de 2022 e seus possíveis desdobramentos na política atual.

Quanto aos dados de conjuntura econômica, o IBGE publicará o crescimento do setor de serviços para o mês de janeiro, com expectativa de 0,2% ao mês, ante queda de 0,2% em dezembro. Ao ano, há perspectiva de queda de 5,1%, ante retração de 3,3% no mês anterior.

O Tesouro ofertará NTN-Bs para 2026, 2030 e 2055, enquanto o Banco Central fará leilões de swap cambial a partir das 11h30.

Na Europa, a Eurostat divulgou mais uma análise dos números do PIB do quarto trimestre de 2020. Ao ano, houve queda de 4,9%; e no trimestre, queda de 0,7%. A variação do emprego no quarto trimestre teve retração de 1,9% na comparação anual; e no trimestre, alta de 0,3%. Na Alemanha, a balança comercial atingiu 22,2 bilhões de euros, superando as expectativas.

Nos EUA, a agenda será mais escassa, com o relatório WASDE (Relatório de Estimativas de Oferta e Demanda Agrícola Mundial) do departamento da agricultura dos EUA indicando as perspectivas em torno da demanda agrícola mundial.  Mais tarde, serão divulgados os estoques de petróleo bruto produzido pelo setor privado nos EUA.

.

Nova Futura Investimentos

Leia mais:

Mercado interno sobe seguindo bom humor de Wall Street

Produção industrial em contração devido ao ritmo lento de consumo

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui