Expectativa de inflação dos consumidores subiu para 4,7% em setembro

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A expectativa mediana de inflação dos consumidores brasileiros para os próximos 12 meses subiu 0,4 ponto percentual em setembro para 4,7%, encerrando a tendência de queda iniciada em maio desse ano. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, houve redução de 0,4 ponto percentual.

"Após atingir o menor valor da série no mês anterior, a expectativa de inflação mediana dos consumidores voltou a subir em setembro em todas as faixas de renda. Apesar da estabilidade dos preços de alguns bens e serviços, o aumento persistente dos itens de alimentação no domicílio pode estar influenciando as expectativas principalmente nos consumidores de renda mais baixa. Para os próximos meses, é possível que a mediana se distancie cada vez mais do mínimo, considerando as constantes revisões nas projeções de mercado e a possibilidade dos preços dos alimentos seguirem pressionados", afirma Renata de Mello Franco, economista do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Em setembro, 54,4% dos consumidores projetaram valores abaixo da meta de inflação para 2020 (4,0%), 3,1% abaixo do que no mês anterior, enquanto a proporção de consumidores projetando acima do limite superior da meta de inflação para 2020 (5,5%) cresceu 2,5 pontos percentuais (p.p.), de 28,3% para 30,8%, encerrando tendência de queda iniciada em maio de 2020.

As expectativas medianas para a inflação nos próximos 12 meses subiram em todas as faixas de renda, mas principalmente para os consumidores de menor poder aquisitivo, mais afetados pelos preços de alimentos no momento, cujas expectativas subiram 0,6 p.p., de 4,9% para 5,5%, a maior variação positiva desde maio de 2018 (0,7 p.p.).

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