Exportação de café bate recorde pelo terceiro mês seguido

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Café na peneira (Foto: Marcelo Camargo/ABr)
Café na peneira (Foto: Marcelo Camargo/ABr)

As exportações dos cafés do Brasil, considerando a soma de café arábica, conilon e solúvel torrado & moído, em novembro de 2020 registraram, pelo terceiro mês consecutivo, novo recorde histórico mensal, ao atingirem 4,3 milhões de sacas de 60kg, volume 32,2% maior do que em novembro de 2019. O café solúvel foi responsável por 7,2% das exportações com o volume equivalente a 313,4 mil sacas. O café conilon teve uma participação de 7,7%, com a exportação de 334 mil sacas, enquanto o café arábica se destacou com 85,1% do total embarcado ao atingir 3,7 milhões de sacas. Vale destacar o aumento de 33,9% na exportação do café arábica se comparada a novembro de 2019, bem como o significativo crescimento de 63,6% no volume exportado de café conilon, nos mesmos termos comparativos.

Com relação à receita cambial, o valor gerado pelas exportações dos cafés do Brasil no mês de novembro de 2020 foi US$ 542 milhões, um aumento de 32,3% se comparado com o valor de novembro do ano passado. Na conversão em reais, considerando a cotação média do dólar de aproximadamente R$ 5,35 no mês de novembro de 2020, a receita das exportações em moeda brasileira atingiu por volta de R$ 2,9 bilhões, a maior receita para o mês de novembro dos últimos cinco anos, um expressivo aumento de 72,5% se comparada a novembro de 2019.

Ao analisarmos os números do atual ano civil, janeiro a novembro de 2020, a receita cambial gerada com as exportações de café foi US$ 5 bilhões, aumento de 6,7% se comparada com a receita dos 11 primeiros meses de 2019. Na conversão em reais, o valor foi equivalente a R$ 25,9 bilhões, que representa um crescimento de 40%, em relação ao mesmo período do ano passado.

Já segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o país deverá encerrar este ano com uma safra recorde de café, de acordo com estimativa do quarto levantamento da safra de café 2020. Segundo o com o levantamento, para a safra de café 2020 no Brasil a expectativa é a produção de 63,08 milhões de sacas beneficiadas de café arábica e conilon. A Conab informou que essa será “a maior safra da história”, com um aumento de 27,9% na comparação com a colheita de 2019; e de 2,3% sobre o recorde anterior, obtido em 2018 (61,7 milhões de sacas).

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“Além da bienalidade positiva do café arábica, o clima também contribuiu para o desenvolvimento das lavouras. A produção do grão superou a de 2018, chegando a 48,77 milhões de sacas. Em relação ao ano passado, o aumento é de 42,2%. Já o conilon, com produção estimada em 14,31 milhões de sacas, não teve o mesmo desempenho. O volume foi 4,7% menor que o obtido na safra anterior, o que pode ser atribuído às poucas chuvas nas regiões produtoras do Espírito Santo, principal produtor da variedade”, informa a Conab.

Segundo a companhia, o estado que terá a maior produção de café é Minas Gerais, com 34,65 milhões de sacas, número 41,1% maior do que o obtido em 2019. O carro chefe foi o café arábica, que responde por mais de 90% do café do estado.

Em segundo lugar está o Espírito Santo, que produziu 13,96 milhões de sacas ao longo do ano. Na comparação com o ano anterior, a safra apresenta uma redução de 12,41%. Foram 9,19 milhões de sacas de conilon e 4,77 milhões de sacas de arábica.

São Paulo está em terceiro lugar, com 6,18 milhões de sacas e aumento de 42,4%. Segundo a Conab, a Bahia totalizará 3,99 milhões de sacas, o que representa um acréscimo de 32,9%, na comparação com a produção obtida em 2019. Rondônia produziu 2,44 milhões de sacas (crescimento de 11,2%).

A Conab informa que, em novembro, as exportações brasileiras de café foram recordes. “O aumento foi de 32% sobre o mesmo mês de 2019, com o embarque de 4,3 milhões de sacas (60 kg), considerando-se a somatória de café verde, solúvel e torrado/moído. De julho a novembro, foram 19,8 milhões de sacas, o que representa aumento de 15% sobre 2019”.

A companhia informou que a competitividade do café brasileiro no mercado mundial melhorou devido à valorização do dólar. Cerca de 74% da produção da safra 2020/21 já se encontrava comercializada em novembro. No mesmo período de 2019, este percentual estava em 71%.

 

Com informações da Agência Brasil

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