As exportações brasileiras de carne bovina devem encerrar o ano de 2020 com um novo recorde de volume e faturamento, segundo projeção da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec).
A entidade prevê que os volumes embarcados entre janeiro e dezembro alcancem 2,02 milhões de toneladas, um crescimento de 8,8% em relação a 2019. Já as receitas devem alcançar US$ 8,53 bilhões até o final do ano, valor 11,8% acima do ano passado.
No acumulado de janeiro a novembro de 2020, foram exportadas 1,84 milhão de toneladas, alta de 9% em relação ao mesmo período de 2019. Em faturamento, o crescimento foi de 13,9%, com um total de US$ 7,76 bilhões. Somente no mês de novembro, as exportações somaram 196 mil toneladas, volume 9,7% acima do mesmo mês de 2019. Em receita, o mês cresceu 0,4% e fechou com US$ 844,3 milhões.
Com base nos resultados positivos registrados em 2020, as estimativas da Abiec para o próximo ano são conservadoras. Também há as incertezas geradas pela pandemia de Covid-19. A expectativa é de que os volumes exportados cresçam em torno de 6% no ano que vem, alcançando 2,14 milhões de toneladas. Em relação ao faturamento, a projeção é de um crescimento de 3%, com receita de US$ 8,78 bilhões.
Os resultados positivos foram puxados principalmente pelo crescimento da demanda chinesa, que encerrou 2020 como o principal destino da carne brasileira, respondendo por 42,3% do total exportado pelo país. Os principais mercados foram, em ordem decrescente, China, Hong Kong, Egito, União Europeia, Chile, Rússia, EUA, Arábia Saudita, Emirados Árabes e Filipinas.
Entre janeiro e novembro, o Egito comprou 6,63% do total exportado em carne bovina do Brasil, enquanto Arábia Saudita teve fatia de 2,07% e Emirados, de 2,05%. O Brasil exporta carne bovina para 155 países.
Agência de Notícias Brasil-Árabe
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