Exportação de veículos somou US$ 7,4 bi, a pior desde 2002

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Fábrica de automóveis da Honda (Foto: divulgação)
Fábrica de automóveis da Honda (Foto: divulgação)

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) divulgou nesta sexta-feira os números do fechamento de 2020, fortemente impactados pela pandemia que interrompeu um ciclo de três anos de recuperação após outra crise, a de 2015/2016. A entidade divulgou também suas projeções para 2021, com crescimento moderado sobre o ano anterior, ainda insuficiente para recuperar os patamares de 2019.

As vendas ao mercado interno fecharam com 2,05 milhões de unidades, queda de 26,2%, recuando ao patamar de 2016, auge da última crise econômica brasileira. A produção de 2,01 milhões de autoveículos encolheu 31,6%, deixando a indústria automobilística com uma ociosidade técnica de quase 3 milhões de unidades.

No ranking global, o Brasil deverá ser superados pela Espanha (dados provisórios), caindo para a nona colocação. Já as exportações de 324,33 mil unidades foram as piores desde 2002, um retrocesso de quase duas décadas. Em valores, a receita de US$ 7,4 bilhões foi menos da metade do que se exportou em 2017 (US$ 15,9 bilhões).

O último mês foi o melhor em vendas de autoveículos no ano (243,96 mil unidades), com média diária de 11,6 mil unidades. Na comparação com 2019, apenas fevereiro de 2020 teve média de vendas superior, apesar da recuperação de mercado verificada no segundo semestre. A produção de 209,29 mil unidades em dezembro foi uma boa surpresa, apesar de todos os desafios logísticos, das limitações de insumos e dos protocolos sanitários.

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No acumulado do ano, os números apresentaram quedas acentuadas, mas não tão drásticas como se projetava no início da pandemia. A grande injeção de recursos emergenciais na economia e a força do agronegócio ajudaram a amenizar as perdas do segundo trimestre, quando boa parte das fábricas e lojas permaneceram fechadas.

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