As exportações egípcias ao mercado brasileiro mais que triplicaram desde que o acordo de livre comércio entre o Egito e o Mercosul entrou em vigor, no final de 2017. Elas estavam em US$ 155,4 milhões naquele ano e passaram a US$ 488,9 milhões no ano passado, segundo apresentação feita pelo diretor regional e chefe do Escritório da Câmara de Comércio Árabe Brasileira no Egito, Micheal Gamal Kaddes.
Gamal falou no Fórum Desenvolvimento e Acesso das Exportações Egípcias aos Mercados Globais, realizado pela Câmara de Comércio do Cairo em cooperação com a União Árabe dos Despachantes Aduaneiros e a Câmara de Comércio Árabe Brasileira no Cairo na última semana. De acordo com Gamal, as exportações egípcias ao Brasil se diversificaram, saindo apenas dos fertilizantes para incluir produtos agrícolas e manufaturados, e as exportações brasileiras ao Egito também avançaram na mesma direção.
O diretor regional da Câmara de Comércio Árabe Brasileira destacou que algumas empresas egípcias já conseguiram explorar as vantagens competitivas que o acordo abriu com seus benefícios alfandegários, com a venda, por exemplo, de morangos congelados e laranjas. Segundo ele, o Brasil consome algodão egípcio e há uma demanda crescente no mercado brasileiro por azeitonas, azeites e tâmaras, que o Egito produz.
Gamal enxerga que o mercado brasileiro é o futuro das exportações egípcias, visto que o Brasil é a oitava economia do mundo e o terceiro país mais agrícola do globo, além de ter uma população de mais de 200 milhões de pessoas e vasta área territorial, com mais de 8 milhões de quilômetros quadrados. Dando também um panorama do trabalho da Câmara Árabe, ele listou como desafios para vender ao Brasil o idioma e as distâncias entre as diferentes regiões, mas ressaltou que o importador brasileiro é amigável e acolhe com satisfação a abertura de relações comerciais com diversos países do mundo.
Agência de Notícias Brasil-Árabe
Leia também:
China lança fundo de swap para incentivar mercado de capitais
Serão pouco mais de US$ 70 bi para fundo de swap da China apoiar participação de instituições não financeiras.
Terceiro voo da FAB traz mais 217 pessoas do Líbano
Passageiros desembarcaram de manhã na Base Aérea em Guarulhos
Economia do Bahrein cresceu 1,3% no segundo trimestre
PIB do país avançou principalmente em função do desempenho das atividades não petrolíferas
Omã abre mercado para caprinos e ovinos do Brasil
Ministério da Agricultura, Pescados e Recursos Hídricos do país aceitou modelo de certificado veterinário internacional para importar caprinos e ovinos vivos brasileiros
Cerca de 9.500 empresas exportam para os EUA
Exportações de manufaturas brasileiras para os EUA atingiram US$ 29,9 bilhões
China retalia UE e Brasil pode sair ganhando
China estuda medidas para elevar tarifas sobre veículos movidos a combustível e estuda ações contra dumping agrícola da UE.