Exportações chilenas para o Brasil sobem 418% e somam US$ 4,3 bi

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Um navio porta-contêineres carregado com cereja chilena se aproxima da área portuária de Nansha, no porto de Guangzhou, na Província de Guangdong, no sul da China, em 20 de dezembro de 2023. (Xinhua/Hong Zehua)

As exportações chilenas para o Brasil (incluindo Cobre e Lítio) registram crescimento significativo nos últimos 20 anos, passando de US$ 832 milhões em 2003 para US$ 4,314 bilhões em 2023, alta de 418,6%, segundo dados do ProChile.

Apontado como principal mercado estratégico na América Latina, o Brasil é atualmente o terceiro destino das exportações chilenas, depois dos Estados Unidos e da China. Os embarques não-cobre e não-lítio do Chile para o Brasil acumulam US$ 1.961 milhão, o que significa um crescimento de 12,1% entre janeiro e agosto de 2024, em relação ao mesmo período de 2023.

Os principais produtos são do setor de pesca e aquicultura, com Salmão e Truta somando US$ 631 milhões (12,1%); Maçãs frescas, US$ 82 milhões (110,7%); Vinho tinto engarrafado, blend, US$ 58 milhões (49,2%) e Azeite, US$ 35 milhões (115,4%). O Brasil representa 12,2% das exportações de vinho chilenos.

Somente em agosto de 2024, as vendas chilenas ao Brasil registraram US$ 269 milhões, um aumento de 26,2% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Entre os principais embarques estão Salmão e Truta, que totalizaram US$ 70 milhões (5,6%); maçãs frescas, que totalizaram US$ 78 milhões (22,6%); carne suína, com registro de US$ 74 milhões (19,1%); blends engarrafados de vinho tinto e azeite US$ 51 milhões (17,9%).

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“A alta qualidade testemunhada pelo consumidor brasileiro dos produtos chilenos, aliada à manutenção de um bom relacionamento comercial entre os dois países, é um dos motivos pelos quais os embarques de nossos produtos continuam a se expandir, consolidando o Brasil como nosso principal mercado estratégico para a pesca. e aquicultura na América Latina. Além disso, temos os melhores preços, o que torna nosso produto competitivo no mercado”, afirma Hugo Corales, diretor comercial da ProChile no Brasil.

Segundo Hugo Corales, o Brasil é percebido como um mercado com grande potencial de expansão e diversificação das exportações de produtos chilenos, estimadas em aproximadamente US$ 4,26 bilhões. Entre os principais produtos, destaca-se o setor agrícola, como frutas frescas: kiwi e ameixa fresca, com oportunidades de exportação de US$ 28 milhões e US$ 20 milhões, respectivamente. As maçãs frescas também apresentam uma oportunidade significativa, com um valor de 52 milhões de dólares e uma variação positiva de 68,1%.

Dentro desse contexto e da busca para fortalecer as relações comerciais entre os dois países acontece a iniciativa de ProChile que promove eventos como o Chile Week Brasil 2024, que acontece entre 30 de setembro a 4 de outubro nas cidades de São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG) e Brasília (DF). Durante o evento serão realizadas conferências de negócios, seminários e atividades de networking com o objetivo de promover oportunidades em setores-chave como alimentação, vinho, mineração e turismo, consolidando o Chile como um fornecedor confiável e de qualidade. O evento contará com a presença de Sebastián Depolo Cabrera, Embaixador do Chile no Brasil, Ignacio Fernández, Diretor Geral de ProChile, além de Hugo Corales, Diretor de ProChile São Paulo e representantes da indústria chilena e brasileira.

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