Ao mesmo tempo em que marcha para um déficit de US$ 49 bilhões – segundo previsão do Banco Central – em conta corrente, o maior desde 1947, início da série histórica do BC, o Brasil também caminha para se tornar um exportador líquido de capitais. No primeiro bimestre, o investimento externo direto (IED) no país somou US$ 3,639 bilhões, enquanto as aplicações equivalentes de empresas brasileiras no exterior totalizaram US$ 5,42 bilhões, US$ 1,781 bilhão a mais.
Dupla sangria
Longe de ser motivo de euforia, os números apontam para uma preocupação dupla. O IED, basicamente destinado a comprar ativos brasileiros, desnacionalização em linguagem mais crua, resulta em impacto sobre nossas contas externas, via futuras remessas de lucros, royalties e patentes – apenas em fevereiro, elas corresponderam a dois terços do investimento externo direto que ingressou no país. Já os investimentos de empresas brasileiras, não necessariamente, fazem o mesmo percurso, a não ser para buscar o pouso seguro dos juros reais mais elevados do mundo garantidos pela turma do ministro Henrique Meirelles.
Cariogeriatria
Em sintonia com o Projeto de Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia, o Hospital Pró-Cardíaco realiza, nesta quarta-feira, das 12h às 13h30, uma sessão clínica especial sobre cardiogeriatria direcionada a médicos. No encontro, serão discutidas as mais recentes diretrizes de cardiogeriatria da SBC, que serão publicadas em 2010, fruto de um trabalho especialista de todo o Brasil. O tema será apresentado pelo médicos Elizabete Viana de Freitas, Kalil Mohallem e Roberto Gamarski, da equipe de geriatria do Hospital Pró-Cardíaco, que está na sua terceira turma.
Sem resíduos
De 17,9 mil amostras em carnes bovina, suína, de aves e equina, bem como em leite, ovos, mel e pescado, apenas 33 apresentaram resíduos de produtos de uso veterinário e contaminantes, segundo o Ministério da Agricultura. Isso significa que 99,82% dos produtos analisados estavam sem problemas. O consumidor pode ficar tranquilo – ou com uma pulga atrás da orelha: será que a análise é mesmo pra valer?
Trintona
A Faperj, fundação de pesquisa do Estado do Rio de Janeiro, comemora seus 30 anos com uma feira onde serão apresentados os resultados de projetos desenvolvidos com seu apoio. Junto com a Academia Brasileira de Ciências, a Faperj realiza também o encontro Academia-Empresa, abordando o tema “Inovação: histórias de sucesso com foco no Estado do Rio de Janeiro”. Nestas quarta e quinta-feira, no MAM (Aterro do Flamengo).
Zarpando
As oportunidades para o comércio com a revitalização da zona portuária serão debatidas pelo secretário de Desenvolvimento da Prefeitura, Felipe Góes, pelo economista Mauro Osório e pelo presidente do CDL-Rio, Aldo Gonçalves. O debate, nesta quinta-feira, na sede do CDL, inaugura o ciclo de palestras que a entidade realizará este ano.
Falta mandioca
A alta no preço do amido brasileiro - mais de 80% em relação ao ano passado – leva algumas empresas a buscarem a importação. A National Starch está trazendo da Tailândia boa parte da fécula de que necessita. A alta interna foi provocada pelas chuvas intensas em regiões produtoras e em função da baixa produção no ano passado. O problema coloca um ponto de interrogação sobre a proposta de obrigar a adição de fécula de mandioca ao pão de trigo – apesar de este ser, igualmente, importado.
Fórum na prática
Tudo bem que a erradicação de favelas é coisa do passado distante, como a TV preto e branco, mas os organizadores do 5º Fórum Urbano Mundial da ONU não precisavam transformar a região portuária do Rio – onde se realiza o evento – em uma réplica de habitações inadequadas. Os tapumes cobertos com toscos plásticos espalhados fora dos antigos armazéns do porto deixam com feio aspecto uma região que tem tudo para ficar bela.