Tianjin, 12 de julho (Xinhua) — Representantes da indústria global de transporte marítimo expressaram a esperança de que o setor busque modelos de crescimento mais robustos e sustentáveis sob novas circunstâncias.
Na atual Exposição Internacional da Industria Naval de Tianjin 2024, representantes de cerca de 400 empresas de navegação, portos e associações industriais do mundo discutiram tendências de desenvolvimento, caminhos e oportunidades da indústria naval.
O transporte marítimo é crucial para a economia mundial, pois 85% do comércio mundial é feito por esta maneira, e a China desempenha um papel importante nisso, de acordo com Steve Gordon, chefe global da Clarkson Research Services Ltd., uma instituição de pesquisa de transporte marítimo.
“Em muitas áreas da economia marítima, a China é incrivelmente importante e garantiu posições de liderança de mercado globalmente”, disse Gordon.
A China se tornou o maior comerciante de mercadorias do mundo. De acordo com a Administração Geral de Alfândegas, nos primeiros cinco meses deste ano, o comércio exterior de mercadorias da China ficou em 17,5 trilhões de yuans (cerca de 2,4 trilhões de dólares americanos), um aumento de 6,3%, disse Wang Shouwen, vice-ministro do comércio.
Zhen Hong, diretor do Comitê Acadêmico do Instituto de Navegação Internacional de Shanghai, acredita que o desenvolvimento de uma economia baseada em portos é um requisito inevitável para o desenvolvimento de novas forças produtivas de qualidade nos portos.
Os portos precisam romper com o modelo de desenvolvimento que simplesmente busca a movimentação portuária e se transformar em um modelo em que o porto impulsiona o desenvolvimento de alta qualidade de uma economia baseada no porto, disse Zhen.
Isso ajudará a tornar um porto mais eficiente, resiliente e conveniente em termos de serviço, para melhor atender ao desenvolvimento de alta qualidade da economia, explicou Zhen.
Nos últimos anos, a indústria global de transporte marítimo encontrou desafios sem precedentes. A pandemia da COVID-19 testou a estrutura da cadeia de suprimentos global, causando interrupções generalizadas, mas também mostrando sua incrível resiliência.
“As ameaças do Mar Vermelho e as interrupções no Canal do Panamá adicionaram complexidade às nossas operações, mas esses eventos também nos levaram a desenvolver soluções mais robustas e flexíveis”, disse Joseph Edward Kramek, presidente e CEO designado do Conselho Mundial de Navegação.
Kramek acrescentou que, apesar desses desafios, a cadeia de suprimentos oceânica se manteve firme.
“A luta contra as mudanças climáticas é fundamental, e nossa indústria deve liderar o avanço em direção a combustíveis de emissão zero. Este desafio também apresenta uma oportunidade significativa para inovação em tecnologia verde, abrindo novos mercados e criando crescimento sustentável”, disse Kramek. Fim
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