A Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR), fechada pela Petrobras há um ano, poderia produzir 30 mil metros cúbicos (m³) de oxigênio por hora. Isso daria para encher 30 mil cilindros hospitalar pequenos, com capacidade média de 20 inalações de 10 minutos, denuncia a Federação Única dos Petroleiros (FUP).
“A Fafen-PR tem uma planta de separação de ar, que, com uma pequena modificação, poderia ser convertida para produzir oxigênio hospitalar, ajudando a salvar vidas nesse momento dramático da pandemia, que atinge novos picos em diversos estados do país”, informa o petroquímico e diretor da FUP Gerson Castellano, um dos mil funcionários da fábrica de Araucária que foram demitidos após o fechamento da unidade.
Ele explica que a separação de ar é um dos processos que ocorre para a produção da amônia, que é a matéria prima utilizada na fabricação da ureia, que era o principal insumo produzido pela fábrica da Petrobras. Atualmente, o consumo diário de oxigênio no Amazonas é de 76 mil m³.
O fechamento da Fafen-PR aumentou a dependência da agroindústria brasileira da importação de fertilizantes. A unidade garantia o abastecimento de cerca de 30% do mercado brasileiro de ureia e amônia.
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