O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, fez coro com o consumidor que está irritado com a lentidão da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) para normalizar o abastecimento de água. Paes criticou a demora do serviço. Em uma postagem na rede social X, o prefeito disse que é absolutamente compreensível que o sistema de água da cidade do Rio de Janeiro tenha que passar por sua manutenção anual, mas que a lentidão em normalizar o serviço é inadmissível.
“Obviamente, ideal seria que isso acontecesse no inverno, mas imagino que existam razões para que não aconteça assim. O que não dá para aceitar é que passadas as 24 horas dessa manutenção o abastecimento de água ainda não tem sido normalizado”, escreveu.
Na terça-feira, a Cedae concluiu, às 22h, a manutenção preventiva anual do Sistema Guandu, que tinha começado nos primeiros minutos do mesmo dia.
O prefeito acrescentou que, “não bastasse o transtorno que está causando à população em várias áreas da cidade”, a falta de água prejudica também hospitais e clínicas. “Determinei ao Procon Carioca que tenha rigor em relação à concessionária para aplicar as devidas punições. Como todos sabem, o abastecimento de água e os serviços de esgoto são uma concessão estadual, mas o município tem meios e instrumentos para agir”.
Após leilões de concessão, em 2021, a Cedae passou a ser responsável pelo serviço de captação e tratamento de água no estado e passou a distribuição para as concessionárias Águas do Rio e Iguá, além do tratamento de esgotos para a Rio+Saneamento.
Na postagem, Paes não deixa claro a quem está fazendo a cobrança: Águas do Rio e a Iguá atendem bairros da capital e municípios da Baixada Fluminense. A Rio+Saneamento cabe atender os bairros da zona oeste.
Retomada gradativa
Cedae, em seu site, publicou nota informando que, após a conclusão da manutenção do sistema, a retomada do abastecimento é feita gradativamente.
“O sistema atingiu 100% da capacidade às 10h55 de quinta-feira (28), após a conclusão dos reparos das concessionárias responsáveis pela distribuição. O prazo para normalização do abastecimento nos municípios do Rio de Janeiro, Duque de Caxias, São João de Meriti, Nova Iguaçu, Mesquita, Nilópolis, Belford Roxo e Queimados deve ser informado pelas concessionárias Águas do Rio, Iguá e Rio+Saneamento, de acordo com as respectivas áreas de atuação”, diz a companhia.
Apesar disso, moradores de vários bairros do Rio e de cidades da Baixada Fluminense reclamam da falta de água. O problema ainda foi agravado pelo rompimento de uma adutora do Sistema Ribeirão das Lajes, no bairro de Rocha Miranda, zona norte do Rio, que ocorreu também na terça-feira.
O rompimento da adutora, por volta das 3h30, causou desabamento de uma casa, matando uma mulher de 79 anos. A filha dela foi resgatada com vida. Sofreu ferimentos e foi atendida no local.
Águas do Rio
A Águas do Rio informou, em nota publicada em seu site, que “o prazo para a regularização do fornecimento em todas as localidades com o abastecimento impactado é de 72 horas”, ou seja, vai até este sábado.
A concessionária esclarece que o processo de “recuperação do sistema ocorre sempre de forma gradativa, podendo levar mais tempo em áreas elevadas, nas extremidades das redes de distribuição e onde houver ocorrências neste período”, explicou.
Calor de 43,2ºC
A concessionária já havia informado nesta quinta-feira que o abastecimento de água no município do Rio de Janeiro e na Baixada Fluminense será normalizado até a manhã de domingo. “No entanto, poderá levar mais tempo nas áreas elevadas, nas pontas das redes de distribuição e nos locais onde forem registradas ocorrências neste período”, disse a concessionária em nota.
A falta d’água na capital fluminense e nos municípios de Belford Roxo, Duque de Caxias, Mesquita, Nilópolis, Nova Iguaçu, Queimados e São João de Meriti, na Baixada, áreas de atuação da Águas do Rio, ocorre desde terça-feira, quando a Companhia Estadual de Água e Esgoto do Rio de Janeiro (Cedae) fez a manutenção anual no Sistema Guandu. Composto pela Estação de Tratamento de Água (ETA) do Guandu e a Elevatória do Lameirão, o sistema é responsável pelo abastecimento de mais de 10 milhões de pessoas no município do Rio e na Baixada Fluminense.
A Cedae informou que voltou a operar com 100% da capacidade às 10h55 desta quinta-feira. O retorno da operação foi feito de forma gradativa a pedido das concessionárias, que executavam reparos na rede de distribuição.
“Embora o sistema já estivesse apto para operar com capacidade total após o término da manutenção na noite de terça-feira, foi necessário aguardar o andamento dos serviços realizados pelas concessionárias e a devida liberação para viabilizar a retomada integral da produção de água”, disse a estatal.
Grandes instituições como a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) também foram afetadas pela falta d’água. A UFRJ ficou sem aulas e sem água desde terça-feira. A Uerj informou que o fornecimento de água estava cortado desde o dia 26. “Tendo em vista que o fornecimento ainda não foi normalizado e que os níveis de nossos reservatórios estão baixos, as atividades acadêmicas e a administrativas no campus Maracanã estão suspensas nesta quinta-feira”, diz a Uerj.
Se já não bastasse a falta de água no Rio, a cidade também está convivendo com um calor infernal. Nesta quinta-feira, a temperatura máxima bateu recorde no ano de 2024 até agora: 43,2 graus Celsius (°C), às 12h45, na estação meteorológica de Guaratiba, na zona oeste.
Segundo o Sistema Alerta Rio, órgão de meteorologia da prefeitura do Rio, a máxima registrada anteriormente tinha sido 41,8°C, nos dias 17 de janeiro e 27 de novembro, também em Guaratiba.
A quinta-feira foi de muito calor e sem ocorrência de chuva na cidade do Rio. O dia teve predomínio de céu claro a parcialmente nublado, ventos fracos a moderados e a umidade relativa do ar atingiu valores entre 21% e 30% em alguns pontos do município no período da tarde.
As altas temperaturas levaram a cidade a entrar nesta quinta-feira, às 12h40, no nível de calor 3, em uma escala de cinco níveis.
Ao longo desta sexta-feira, em função de áreas de instabilidades associadas ao calor, a previsão do tempo para a cidade do Rio é de céu parcialmente nublado a nublado com pancadas de chuva isoladas nos períodos da tarde e noite, podendo vir acompanhada de raios.
Os ventos estarão fracos a moderados, e as temperaturas permanecerão elevadas. A máxima pode alcançar os 38°C e a mínima é prevista é de 22°C. Às 15h30, o termômetros marcaram 29ºC, no Rio.
Matéria atualizada nesta sexta-feira, às 15h35.
Com Agência Brasil
cambada de bandidos! povo idiota! mídia conivente! absurdo isso!
O pior disso tudo é que ficamos sem o abastecimento de Água e não Temos Descontos desses Dias.
Quando chega a Conta está lá no Consumo 16 metros Cúbicos, e o Consumo registrado no Hidrômetro está marcando 5 metros cúbicos.
Ficamos sem o abastecimento e somos roubados no consumo.
Porque eles simplesmente cobram pela tarifa mínima de 16 metros Cúbicos mesmo que não se tenham atingido este valor.
Poxa, a culpa é da CEDAE? A Aguas do Rio leva 5 dias para normalizar a distribuição e a culpa é da CEDAE? um camarada estuda 13 anos para se formar jornalista para depois lamber o saco do mercado financeiro, precisamos melhorar as faculdades de jornalismo mo Brasil.