Falta de recursos paralisa o Pronaf Mais Alimentos

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Com a suspensão da contratação do Pronaf Mais Alimentos por falta de recursos, a Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag) vem buscando explicações e providências junto ao governo federal para que as demandas dos agricultores familiares em relação aos projetos do Pronaf sejam atendidas o mais breve possível.

O Plano Safra 2019/2020 foi lançado prevendo R$ 31,22 bilhões para a agricultura familiar por meio do Pronaf. Conforme dados do Banco Central, foram aplicados até final de dezembro de 2019 R$ 17,8 bilhões em mais de 838 mil contratos. Deste valor, R$ 8,9 bilhões foram aplicados no Pronaf Custeio e R$ 8,1 bilhões do Pronaf Investimento.

Conforme os agentes financeiros, como o Bndes, e informações da Diretoria de Agronegócios do Banco do Brasil, estão suspensos pedidos de financiamento para o Pronaf Mais Alimentos. No caso do Bndes, estão suspensas as linhas do Pronaf Investimento com taxas de juros de 4,6% ao ano.

A Contag lembra que essa situação já ocorreu na Safra 2018/2019 com a dificuldade de contratação de projetos na ordem de R$ 1 bilhão, sendo em torno de R$ 350 milhões junto ao Banco do Brasil e R$ 650 milhões com o Bndes (Cresol, Sicoob, Sicredi, Banrisul, BRDE, entre outros).

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Apenas considerando a situação do Estado do Rio Grande do Sul, que também está buscando solução junto ao Ministério, há uma demanda na ordem R$ 500 milhões de recursos subvencionados para o crédito Pronaf Mais alimentos. O governo sinalizou para a Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS) a possibilidade de remanejamento de R$ 1 bilhão para a linha de financiamento para atender todo o país. Esta demanda será levada para o Conselho Monetário Nacional que estará reunido amanhã.

A Confederação também oficializou pedido junto ao governo federal destacando a necessidade de que as linhas de crédito sejam imediatamente restabelecidas para que os agricultores e agricultoras familiares não sejam prejudicados em seus projetos produtivos, além de cobrar o empenho do Ministério da Agricultura na busca por recursos para equalizar os projetos atendendo a demanda da safra atual.

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