Farmácias foram as PMEs que mais negociaram aluguel na pandemia

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De acordo com uma pesquisa realizada pela fintech BizCapital, as principais saídas encontradas por micro e pequenas empresas com a chegada da pandemia foram negociação de dívidas ativas e priorização de contas a pagar. 50% das farmácias e drogarias, por exemplo, negociaram o valor do aluguel.

A indústria por sua vez negociou dívidas ativas (41%), enquanto os serviços de beleza precisaram pausar contratos com fornecedores (35%) e priorizar quais contas pagar (58%). "É importante notar que muitos estabelecimentos tomaram duas ou mais medidas, simultaneamente, para conter os gastos e se manterem firmes. Para não demitir, muitos negócios se apoiaram em soluções mais conciliatórias, sem impacto direto nos funcionários", afirma Francisco Ferreira, sócio-fundador da BizCapital.

A pesquisa também levantou quais foram as principais medidas de contenção de despesas dos empresários de acordo com as regiões do país. Centro-oeste e norte priorizaram quais as contas que deveriam acertar, com 41% e 33% das respostas, respectivamente. Já o sul, sudeste e nordeste tiveram como prioridade a negociação de dívidas ativas, com respectivamente, 45%, 43% e 26%.

"Os dados mostram que, de uma forma ou de outra, as empresas não querem ficar inadimplentes. Pelo contrário, querem honrar os compromissos existentes e, assim, remanejar as contas para se estabilizarem", finaliza Francisco.

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Levantamento do Sebrae mostra que 86% dos negócios no Estado do Rio tiveram queda no seu faturamento e que 68% dos empreendedores fluminenses tiveram crédito negado. A pesquisa ouviu 564 empreendedores fluminenses, entre os dias 25 e 30 de junho, e constatou que apenas 4% tiveram receita superior se comparado ao período antes da crise do Covid-19. Levando em conta a situação, o estudo apontou que o empresariado acredita que a economia vai ser retomada somente em agosto de 2021.

A pesquisa mostra que a busca por crédito tem sido um dos principais obstáculos para os pequenos negócios. No Rio de Janeiro, 17% ainda aguardam resposta das instituições financeiras e 15% dos empresários entrevistados conseguiram empréstimo.

Desde o início da pandemia, a obtenção de crédito tem sido um dos maiores entraves das MPEs. Para a coordenadora de Capitalização e Serviços Financeiros do Sebrae Rio, Taniara Castro, a falta de garantias dos empresários é uma das barreiras que afetam a concessão de crédito.

"O sistema financeiro habitual é muito burocrático. O resultado da pesquisa reforça que é o momento de um processo de inclusão financeira para promover o desenvolvimento econômico aliado à justiça social", reforça a coordenadora.

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