O faturamento real ((descontada a inflação) da indústria de transformação cresceu 5,6% em 2024, em relação ao ano anterior, revelam os Indicadores Industriais divulgados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), nesta sexta-feira. Esta é a maior alta do indicador desde 2010, apesar da queda de 1,3% registrada na passagem de novembro para dezembro.
“A demanda por bens industriais foi forte ao longo de 2024, estimulada por um mercado de trabalho aquecido, pela expansão fiscal e pelo aumento das concessões de crédito. A combinação desses impulsos manteve o consumo e o investimento fortes, o que se refletiu no faturamento”, destacou o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.
Outro indicador que reflete o desempenho positivo da indústria no ano passado é o de número de horas trabalhadas na produção, que saltou 4,2% frente a 2023. Em dezembro, no entanto, o índice diminuiu 1,3%.
Já a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) caiu 0,8 ponto percentual (p.p.) no último mês do ano e fechou 2024 em 78,2%, considerando a série live de efeitos sazonais. A UCI média do ano passado foi 0,6 p.p. à registrada em 2023.
Em dezembro, o emprego industrial não mudou. Com isso, os postos de trabalho do setor fecharam com aumento de 2,2% em 2024. Já a massa salarial e o rendimento médio do trabalhador do setor caíram 0,5% em dezembro. Apesar disso, o primeiro indicador encerrou o ano passado com crescimento de 3%, enquanto o segundo, com alta de 0,8%, o que reforça o desempenho positivo da indústria em 2024.
Azevedo observa que, de uma forma geral, o ano de 2024 foi bom para a indústria, tanto do faturamento real quanto utilização de capacidade instalada e horas trabalhadas. “Todos os indicadores apresentaram alta e alguns altas expressivas. Nos chama a atenção o contínuo crescimento do emprego ao longo do ano”, ressalta.
A pesquisa da CNI é realizada desde 1992 em parceria com as federações estaduais da Indústria, a pesquisa identifica, mensalmente, a evolução de curto prazo da atividade da indústria de transformação. Os estados pesquisados respondem por mais de 90% do produto industrial brasileiro.
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