‘Divertida Mente 2’ alavancou faturamento de shoppings em 10,3%

Segmento de alimentação (bares e restaurantes) teve alta de 22,2%; varejo alimentício especializado e recreação e lazer também aproveitam a onda

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Shopping center (Foto: Valter Campanato/ABr)
Shopping center (Foto: Valter Campanato/ABr)

O faturamento do varejo em shoppings no Brasil cresceu 10,3% após o lançamento do filme “Divertida Mente 2”, de acordo com o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA). A comparação ocorre entre os primeiros dias de exibição (20 a 23 de julho) da película e período similar de 2023.

Entre os setores, o principal destaque foi alimentação (bares e restaurantes), com alta de 22,2%. na sequência, estão varejo alimentício especializado (16,9%) e recreação e lazer (16,6%).

Segundo a Comscore, empresa norte-americana de medição de audiência digital, 4,5 milhões de brasileiros já assistiram ao filme nos cinemas, que se tornou a segunda maior estreia de todos os tempos no Brasil. “Como a maioria dos cinemas do país está em shoppings, é natural supor que o sucesso do filme contribua para o aquecimento de segmentos relacionados, como alimentação e lazer”, afirma Carlos Alves, vice-presidente de Tecnologia e Negócios da Cielo.

De acordo com dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF) o faturamento do setor atingiu R$ 240,6 bilhões em 2023, um crescimento de 13,8% em relação a 2022. Alguns segmentos ganharam destaque especial, como o de alimentação – food service (17,5%), saúde, beleza e bem-estar (13,7%), serviços (11,8%), casa e construção (9,5%) e moda (2,5%).

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Com o aumento da presença de consumidores nos estabelecimentos de alimentação, de forma presencial, mais a facilidade do delivery, que é uma plataforma que veio para ficar, o segmento de alimentação (tanto foodservice quanto comércio e distribuição) fechou 2023 com crescimento de 19% no faturamento, com R$ 61,959 bilhões, além de um aumento de 12% no número de unidades, que passou de 40.520 operações para 45.709. O número de redes também registrou um incremento de 9%, passando de 857 para 938. Essa parcela do franchising repetiu a dose no primeiro trimestre de 2024, com alimentação – comércio e distribuição crescendo 43,9% (com impacto da Páscoa no primeiro trimestre e excelente desempenho das chocolaterias) e alimentação food service crescendo 26,6%.

Segundo a 13ª edição da Pesquisa Anual Setorial de Foodservice 2024, uma parceria da ABF com a Galunion, que contou com uma amostra de 64 marcas de alimentação, juntas somando 11.260 pontos de venda, sendo 49% deles em estabelecimentos localizados na rua, 34% em shopping centers e 17% em centros comerciais. Também há uma grande variedade no tipo de culinária principal, com destaque para cafeterias/chás com 14%, variada/brasileira com 13% e asiática também com 13%.

Segundo o estudo, há uma variação no tíquete médio de acordo com o tipo de compra efetuada. 52% têm tíquete médio geral entre R$ 20 e R$ 50 e 62% no tíquete médio somente salão/balcão no mesmo intervalo. Já no delivery sem taxa de entrega, 59% têm tíquete médio entre R$ 50 e R$ 100 (77% com taxa).

Ainda segundo o estudo, levando em conta dados que englobam a performance do segmento, 88% dos respondentes tiveram aumento das vendas em 2023, comparando com 2022. Entretanto, bem acima do mercado, 22% dos entrevistados registraram um crescimento superior a 15% no faturamento anual. Em relação aos lucros, 97% das empresas tiveram aumento na receita no ano passado, sendo que apenas 16% obtiveram um percentual acima de 15%.

Ainda tratando sobre custos, os dados mostram que as empresas continuaram sendo pressionadas de 2022 para 2023. O Custo de Mercadoria Vendida (CMV), que inclui descartáveis, custos logísticos e mão de obra direta, com base em valores sob faturamento bruto, passou de 34,4% em 2022 para 34,3% em 2023, praticamente se mantendo estável, com pequena variação de 0,1% sob as vendas. Já no pessoal passou de 18,9% em 2022 para 19,6% em 2023, uma variação maior, de 0,7% sob vendas. Já os custos de ocupação sob o faturamento bruto são de 16% para shoppings, 10% para pontos nas ruas e 13% para galerias e outros locais.

Mostrando a importância e força desse canal de atendimento, que se tornou um hábito de consumo regular na vida dos brasileiros, o delivery é utilizado por 95% das redes entrevistadas, representando 31% do faturamento para quem adota este mecanismo. Neste levantamento, 57% das marcas ouvidas utilizam aplicativos próprios e de terceiro para o delivery, enquanto 43% usam apenas plataformas de terceiros para efetuarem as entregas. Com o iFood sendo a alternativa mais buscada para vendas por 100% dos negócios, outros canais como WhatsApp com 52%, aplicativo e próprio site com 41%, Rappi com 40% e Telefone com 34% também figuram na pesquisa. No comparativo sobre o crescimento no faturamento do delivery de 2022 para 2023, 76% tiverem um aumento, sendo que em 33% das redes o crescimento foi de mais de 10% neste canal.

Pensando no plano de expansão das redes de alimentação para este ano, a pesquisa quis mostrar quais modelos de negócios as marcas pretendem focar. Neste caso, 47% irão investir em quiosques ou lojas compactas, 38% em lojas em locais não tradicionais, 23% em lojas com menu reduzido e 20% em pontos de vendas avançados. Com relação aos novos canais de vendas que as empresas adotam ou pretendem adotar e monitorar atualmente, figuram o delivery com 70%, take away (retirada) com 50%, eventos/catering com 38% e vendas de produtos no varejo alimentar com 31%.

Matéria atualizada às 12h10

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