O segmento de alimentação no mercado de franquias segue em expansão no Brasil, com alta de 3% no número de unidades e crescimento de 15,6% no faturamento em 2024, contando mais de 900 redes, em comparação com o ano anterior, de acordo com dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF). O primeiro trimestre de 2025 também registrou números positivos, já que o volume de unidades cresceu 6% e o faturamento subiu 4% em relação ao mesmo período de 2024.
Dados da 14ª Pesquisa Anual Setorial de Foodservice 2024/2025 da ABF, conduzida pela Galunion, mostra que entre os respondentes, 84% relataram aumento de faturamento no último ano e que 41% das redes obtiveram um incremento de mais de 10% no último ano. O levantamento ainda aponta que 91% tiveram lucro, sendo que 66% registraram lucro maior que 10% e 28% lucro maior que 15%. Já o tíquete médio geral do setor ficou em R$ 63,53.
A pesquisa deste ano contou com uma amostra de 58 marcas de alimentação que juntas somam 11.976 pontos de venda, sendo 59% deles em estabelecimentos localizados na rua, 32% em shopping centers, 7% em centros comerciais e 2% em terminais de passageiros. Também há uma grande variedade no tipo de culinária principal, com destaque para variada/brasileira com 16% e asiática também com 13%, cafeterias/chás com 14% e empatadas em 9% hamburguerias/sanduicherias e asiáticas.
A pesquisa mostra que 78% das marcas utilizam fornecedores ou distribuidores homologados como principal canal de abastecimento, o que indica uma busca por consistência na qualidade e na logística. A digitalização também é protagonista, já que os pedidos de reposição são feitos, majoritariamente, por plataformas de e-commerce por 69%, ou por canais digitais como WhatsApp e aplicativos por 57%, revelando uma operação cada vez mais automatizada e integrada.
No que diz respeito à gestão de pessoas, 64% das lojas operam com times entre seis e 15 colaboradores, e o investimento em capacitação segue sendo uma prioridade. Praticamente todas as redes entrevistadas realizam treinamento operacional (98%), enquanto 90% também treinam suas equipes em atendimento e vendas, evidenciando o foco na experiência do cliente como diferencial competitivo.
Para Bruno Gorodicht, coordenador da Comissão de Alimentação da ABF, o delivery se consolida como um canal estratégico dentro das operações.
“Neste quesito, 90% das redes já atuam com delivery, e 85% dessas cobram taxa de entrega, o que mostra um amadurecimento do canal, com maior controle de custos e valorização do serviço. Já o modelo de captação de pedidos se divide igualmente entre parcerias com plataformas terceiras, como iFood e Rappi, e modelos híbridos que combinam ferramentas próprias com marketplaces”, ressalta.
Ainda segundo o estudo, em 58% das redes, o delivery responde por até 15% das receitas, enquanto em 20% o percentual ultrapassa os 30%. No total, 42% das redes já registram participação acima de 16%, mostrando que o consumo fora do ponto físico veio para ficar, não apenas como conveniência, mas como um novo hábito de consumo.
E no relacionamento com o cliente, os programas de fidelidade têm papel central: 86% das marcas consideram essa estratégia importante e, entre dos 69% que já possuem um programa ativo, 68% utilizam modelos próprios, reforçando a busca por autonomia e customização no vínculo com o consumidor. Essa valorização da recorrência se reflete também no investimento em tecnologia, pois 91% das redes pretendem direcionar recursos para ações de marketing, fidelização e relacionamento, utilizando soluções como sistemas de POS integrados, menuboards digitais e ferramentas de CRM e fidelidade.
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