As medidas de crédito anunciadas nesta segunda-feira pelo governo para micro e pequenas empresas – compostas pelo Desenrola Pequenos Negócios, ProCred 360 e novo Pronampe – foram apoiadas pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). O ProCred 360, por exemplo, possibilitará a inclusão de microempreendedores individuais (MEI) que faturem anualmente até R$ 360 mil, que segundo o IBGE somam mais de 13,2 milhões de pessoas. Esse número equivale a quase 70% do total de empresas do nosso país.
A Federação disse que as medidas chegam em um momento oportuno e se alinham a plataformas consolidadas que os bancos já operam, permitindo injeção de mais recursos para as empresas em situação vulnerável.
O quadro associativo da Febraban reúne 119 instituições financeiras associadas de um universo de 155 em operação no Brasil, as quais representam 98% dos ativos totais e 97% do patrimônio líquido das instituições bancárias brasileiras.
“Voltadas para a renegociação de dívidas e para crédito subsidiado orientado para os Microeempreendedores Individuais (MEI), as medidas são importantes instrumentos para manter estímulo à recuperação da economia”, expressou em nota a Federação.
Além disso, para atender ao contingente de empresas que carecem de oportunidades para renegociarem as suas dívidas, ao mesmo tempo que precisam obter recursos para manterem suas atividades em funcionamento, o Desenrola Pequenos Negócios possibilitará a renegociação de dívidas de empresas de micro e pequeno porte que faturem até R$ 4,8 milhões anuais.
Segundo o Sebrae, o maior acesso para as empresas a uma linha de crédito já testada, fácil e de rápida contratação, que possui taxas acessíveis e longo prazo para pagamento, como o Pronampe, contribuirá para solidificar a posição de micro e pequenas empresas em seus setores de atuação. Ainda, ela garante a existência das atividades desses microempreendedores e até mesmo poderá ajudar a expandi-las.
Âncora
O anúncio desses programas de concessão de crédito e de renegociação de dívidas para segmentos empresariais de menor porte, com recursos mais acessíveis e prazo mais longos, possibilitará a redução dos impactos negativos para micro e pequenas empresas em situação mais delicada.
Também presentes no Desenrola Pequenos Negócios, anunciado pelo Governo, os bancos ainda ajudaram a construir o Desenrola para as famílias, em duas faixas (1: débitos não bancários e 2: bancários).
O Desenrola Brasil, de acordo com dados divulgados pelo governo, com a ajuda direta dos bancos, já beneficiou 14 milhões brasileiros e possibilitou a renegociação de aproximadamente R$ 50 bilhões em dívidas.
“Reiterando o compromisso dos bancos com a iniciativa, dentro das mudanças e evoluções efetuadas, destacamos a possibilidade de os clientes acessarem diretamente os canais oficiais dos bancos parceiros para renegociarem as suas dívidas, como alternativa à plataforma do Programa Desenrola PF”, destacou a nota da Federação que acrescentou a parceria com os Correios como ponto focal para renegociação de dívidas.
A extensão do Programa até o dia 20 de maio deste ano, aliada às evoluções em processos implementadas na plataforma, possibilitará que mais pessoas possam conhecer e acessar o Desenrola PF para renegociar suas dívidas, o que contribuirá para uma retomada mais robusta do ciclo econômico.