Fed segura taxa de juros quase a zero

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Federal Reserve, Washington (Foto: divulgação)
Federal Reserve, Washington (Foto: divulgação)

O Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, optou por prosseguir com sua taxa de juros estável entre zero e 0,25%. A decisão foi anunciada nesta quarta-feira, após dois dias de reunião. Também foi mantido o programa de compras de títulos de ao menos US$ 120 bilhões ao mês.

A razão para manutenção da taxa é que a economia do país estaria dando sinais de melhora, apresentando crescimento. Lembrando que os EUA já vacinaram mais de um quinto da população e mais de dois milhões de doses são aplicadas diariamente. Esta é a meta do presidente, Joe Biden.

Após a decisão do Fed, o dólar começou a cair no Brasil. Por volta das 15h22, a moeda registrava queda de 0,25%, cotada a R$ 5,6051. “Depois de uma moderação no ritmo da recuperação, os indicadores de atividade econômica e de emprego melhoraram recentemente, ainda que os setores mais adversamente afetados pela pandemia permaneçam fracos”, disse o colegiado do Fed.

Compra de títulos

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Em seu comunicado de decisão de política monetária divulgado após reunião de dois dias (a reunião começou na terça-feira), o Fed se comprometeu ainda a dar continuidade ao seu programa de compra de títulos de ao menos US$ 120 bilhões ao mês, “até que haja progressos substanciais m direção às metas de emprego máximo e estabilidade de preços do Comitê”.

Conforme o G1, o comitê disse ainda que a taxa de juros pode permanecer próxima ao piso por algum tempo. No documento, o Fed afirma que será ‘apropriado’ manter essa taxa até que as condições do mercado de trabalho “alcancem um nível consistente com as avaliações do comitê sobre emprego máximo, e que a inflação chegue a 2% e esteja a caminho de exceder moderadamente os 2% durante algum tempo”.

Recuperação

Em 20 de janeiro deste ano, uma reportagem do El País apontou que os EUA recuperaram apenas dois terços de seu produto interno bruto (PIB) desde que começou a pandemia de Covid-19. Além disso, 56% dos empregos perdidos desde o início da pandemia de covid-19, de acordo com o Bank of America. O banco estima que a recuperação total não acontecerá até o terceiro trimestre de 2021 e os dados mais recentes apontam para uma segunda queda.

Em 14 de janeiro, o Departamento do Trabalho anunciou que 1,15 milhão de norte-americanos se declarou desempregado, o número mais alto desde julho, quando a primeira onda de contágios levou a confinamentos rigorosos. Donald Trump foi o primeiro presidente da história de seu país a deixar o cargo com menos empregos do que quando chegou, conforme uma análise da Moody’s Analytics.

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