Feliz ano velho

4354
Congresso Nacional (Foto: Marcello Casal Jr./ABr)
Congresso Nacional (Foto: Marcello Casal Jr./ABr)

Esperamos que não! Que em 2021 o Executivo produza as reformas necessárias e na profundidade adequada, assim como enderece claramente o que pretende fazer em termos de ajustes nas contas públicas, nível de endividamento, etc. Do Legislativo, esperamos que vote com celeridade reformas, ajustes, concessões e privatizações; em perfeita sintonia com o Executivo. Já o Judiciário deveria facilitar e tirar obstáculos que vão acontecer no meio desse caminho e também manter sintonia com os outros dois Poderes.

Não é pedir demais, basta que sigam o discurso do Almirante Barroso, quando disse que “o Brasil espera que cada um cumpra com o seu dever”. Certamente será um aprendizado doloroso, mas bem que poderiam começar a tentar desde agora. Isso feito, todo processo de ajuste seria mais fácil e investidores começariam a olhar novamente para cá. Caso contrário, vamos continuar como párias neste mundo globalizado, onde os interesses mudam num apertar de botões. Aí pode ser que sintamos saudades de 2020.

Há grande expectativa no mundo com relação à ampliação de restrições em países e regiões, principalmente com a nova variante da Covid-19 descoberta em vários países. No Reino Unido, o primeiro-ministro Boris Johnson, quer vacinar milhões de pessoas rapidamente, fechou escolas até o dia 18 de janeiro e adotará novas ações se a situação piorar.  Ainda no Reino Unido, a Câmara dos Comuns aprovou o acordo com a União Europeia, que segue para a Câmara dos Lordes

Já nos EUA, a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, pediu que McConnell avalie a situação da população e coloque em votação no Senado a ajuda maior de US$ 2 mil, sem fazer obstrução, ao mesmo tempo, Joe Biden disse que ampliará o estímulo fiscal.  Lá, o ISM da atividade industrial subiu para 59,5 pontos, quando a previsão era de 56 pontos. As vendas pendentes de imóveis é que encolheram em 2,6% em novembro, de previsto em -0,3%.

Espaço Publicitáriocnseg

Aqui, a FGV anunciou que o indicador de incerteza (IIE-BR) caiu 3,5 pontos, para 142,3 pontos. O BC anunciou que o déficit do setor público foi de R$ 18,1 bilhões em novembro, ficando no ano com déficit de R$ 651,1 bilhões, algo como 9,55% do PIB. Gastos com juros atingiram nos onze meses R$ 288,4 bilhões (4,24% do PIB) e o déficit nominal do ano está em R$ 939,6 bilhões, equivalente a 13,82% do PIB.

A dívida bruta caiu para 88,1% do PIB, vindo no mês anterior de 90,7%.

Já o fluxo cambial até o dia 24 de dezembro estava em US$ 4,95 bilhões, acumulando no ano saídas de US$ 24,5 bilhões. Pelo canal financeiro, a saída de dezembro estava em US$ 1,29 bilhões. O BC anotou ganhos em dezembro com operações de swap cambial de R$ 9,9 bilhões e a posição cambial líquida era de US$ 298,7 bilhões.

Encerro torcendo para termos um 2021 melhor!

.

Alvaro Bandeira

Sócio e economista-chefe do Banco Digital Modalmais

Fonte: www.modalmais.com.br/blog/falando-de-mercado

Leia mais:

Alta no primeiro pregão de 2021

Começando com o pé direito

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui